Juventude Pacense sobe à I Divisão

A Juventude Pacense garantiu, com duas jornadas por disputar na Zona Norte da II Divisão, a subida à I Divisão pela primeira vez na sua história. Uma estreia embalada pelo técnico Hugo Azevedo, com um plantel de jovens valores.

Juventude Pacense sobe à I Divisão

Na antepenúltima jornada da Zona Norte da II Divisão, os dois primeiros defrontaram-se em Paços de Ferreira na ressaca do munícipio ter visto confirmada a descida da sua equipa de futebol na véspera. A Juventude Pacense precisava apenas de um empate, mas venceu o Póvoa por 4-3 e junta-se, pela primeira vez na sua história à elite do Hóquei em Patins português.

A equipa orientada por Hugo Azevedo tinha nove pontos de vantagem e há muito que a subida parecia apenas uma questão de tempo. Chegando à partida decisiva deste fim-de-semana com apenas uma derrota (nos Carvalhos, 7-6) e dois empates (na recepção ao Espinho e na Póvoa), a Juventude Pacense apresentava o melhor ataque da prova frente à melhor defesa.

Ainda na luta pela subida e pelo primeiro lugar, o Póvoa - e, em particular, Diogo Fernandes - tentou estragar a festa. O internacional jovem português assinou três golos e a equipa poveira esteve a vencer por 2-3, mas a Juventude Pacense acabaria por virar com golos de Gonçalo Neto e Zé Miguel (este a três minutos e meio do final), depois dos tentos do mesmo Gonçalo Neto e de José Cancela na primeira parte.

Esta histórica subida tem muito de Hugo Azevedo.

Campeão nacional como jogador no Valongo de 2014, Hugo Azevedo começou cedo a mostrar "queda" para o cargo de treinador, em particular com jovens atletas, triunfando nos escalões de formação do Valongo.

Ainda sobre patins, rumou a Riba d'Ave, onde acumularia funções de treinador durante quatro temporadas, vivendo descidas e subidas. Com a pandemia, pendurou definitivamente os patins e rumava a Braga para assumir a liderança de um projecto mais ambicioso. Mas os resultados não apareceram e acabaria por sair ainda na primeira metade dessa temporada de 2020/21.

Regressou aos bancos já em 2021, como aposta de uma Juventude Pacense que tinha apenas dois pontos em oito jogos de um campeonato marcado pela pandemia, suspenso muito tempo. Com um (talvez profético) primeiro jogo frente ao Póvoa, logrou acabar em 8º, 10 pontos acima da linha de água.

Iniciando a pretérita temporada, juntou à equipa jogadores que já conhecia. Ficou em 3º, mas a distantes 10 pontos de Riba d'Ave e 14 do Famalicense, ambos promovidos à I Divisão. Esta época, desde cedo estava escrito que haveria subida. E a renovação com o treinador foi anunciada, mesmo antes de garantido o prémio desejado na "Capital do Móvel".

No último defeso chegaram, por exemplo, Zé Miguel e João Pedro Pereira, campeões da Europa de Sub-17 em 2017, o influente Nuno Pereira ("Miccoli"), ou o guarda-redes Gabriel Costa, que dividiria baliza com Pedro Freitas, campeão do Mundo de Sub-20 em 2015. Já lá estavam também Dinis Abreu e Gonçalo Neto, os dois melhores marcadores da equipa, ambos também já aposta de Hugo Azevedo.

No ataque à I Divisão, Hugo deu uma volta ao plantel pacense em dois defesos. Da primeira época, não resta mais que o "canterano" Francisco Mota que foi acompanhando a escalada de sucesso da equipa. A aposta foi em jovens valores, tão ao jeito de Hugo Azevedo, mas com experiência de I Divisão apesar de lhes faltar "um bocadinho assim" para a plena afirmação. Talvez aconteça na próxima temporada, entre os maiores do Hóquei em Patins nacional.

Um ano depois da estreia do Murches, coroada com a manutenção, será a vez da Juventude Pacense tentar igual feito. Na luta pelo 2º lugar, que vale uma última oportunidade de subida, Póvoa (53 pontos), Sanjoanense (52) e Carvalhos (50 e menos um jogo) estão na discussão quando há apenas seis pontos em jogo.

AMGRoller

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