Itália q.b. para afoita Andorra

A contas com um outro impedimento, de Fran Ipiñazar, a Itália fez o suficiente frente a Andorra para seguir para os quartos-de-final. Os andorrenhos ainda assustaram, mas a notória diferença entre as duas equipas não deixou margem para surpresa.

21.Jul.2023 Euro

Itália venceu Andorra por 4-1 a caminho das meias-finais, ainda que os andorrenhos tenham deixado tudo por outro desfecho.

É uma Itália marcada pela infelicidade. Às ausências de Verona, Ambrosio e Davide Banini, por exemplo, juntou-se a de Fran Ipiñazar, já ausente no fecho da primeira fase e agora nos quartos-de-final frente a Andorra. O italo-argentino tem uma ruptura muscular e não poderá ir a jogo para não comprometer a recuperação. Mas, ainda assim, os italianos estão nas meias-finais.

Andorra foi destemida. Tentou pegar no jogo e poderia mesmo ter-se adiantado aos sete minutos, quando o capitão Gerard Miquel não aproveitou uma grande penalidade no duelo com Riccardo Gnata. E, dois minutos depois, Davide Gavioli colocava os transalpinos na frente.

A selecção andorrenha respondeu com um remate de Bernat Picanyol ao poste e esteve sempre em busca do empate, voluntariosa e com a esperança viva face à desvantagem mínima no marcador. A Itália cumpria serviços mínimos, procurando defender sem faltas, sem contactos de risco. Até porque Alessandro Bertolucci já terá a enfermaria esgotada... O intervalo chegaria com apenas duas faltas para Itália e uma para Andorra, muito reflexo da abordagem de risco mínimo dos transalpinos.

Tiago Barros foi um dos "guerreiros" de Andorra em busca da surpresa, mas a Itália impôs a sua maior valia.

No arranque da segunda parte, uma saída rápida dos andorrenhos encontrou Nil Dilmé isolado, para, com um bom gesto técnico, igualar a contenda. O resultado surpreendia, mas a Itália tinha muito para levar a jogo.

A reacção foi imediata. Um nível de intensidade acima, os italianos encostaram a selecção em que o português Tiago Barros se desdobrava na missão defensiva, a tentar parar as figuras italianas. Carlos De Sousa, que esta época representou o Marinhense, ia fazendo o possível para impedir novo golo italiano que, inevitavelmente, chegaria. Aos sete minutos, Giulio Cocco desequilibrava, em definitivo, a favor dos italianos.

Segura perante ainda alguma esperança do seleccionado andorrenho, a Itália dilataria a meio desta segunda parte, por Morgan Antonioni. E, à entrada dos 10 minutos finais, Elia Cinquini desviava na área, em territórios que não costuma pisar, para o 4-1 que seria final.

Esta sexta-feira, nas meias-finais, a condicionada Itália defronta a anfitriã Espanha por um lugar na final que não consegue desde 2016.