Portugal avança com uma inevitável goleada

Com a maior goleada do Europeu, Portugal está nas meias-finais. A Inglaterra mostrou muitas fragilidades e a selecção das quinas, numa espécie de 'descanso activo', quiçá até com menos dificuldades que o desejável, cumpriu.

21.Jul.2023 Euro

O triunfo no Grupo A, sem qualquer consequência para a classificação final, valeu pelo menos a Portugal um dia de "descanso" a caminho das já decisivas meias-finais. A Inglaterra de Vítor Pereira foi um adversário acessível, talvez até demasiado acessível, e Portugal, depois de uma vitória por 15-2, defronta agora a França, a partir das 17h30 de Portugal continental, por um lugar no jogo de atribuição do título.

Era um jogo de esperado domínio português e a Inglaterra não teve argumentos para contrariar a expectativa, contando-se a história do jogo pelos golos que Portugal marcou e por aqueles que não quis marcar.

Rafa inaugurou o marcador aos três minutos, ampliando Gonçalo Alves aos cinco. Vítor Pereira, sem esconder o descontentamento, parou o jogo e "acordou" os seus jogadores do sonho de defrontarem algumas das referências maiores da modalidade.

O terceiro golo foi adiado uns minutos, muitas vezes com os atacantes portugueses a adornarem com mais um desnecessário passe, poupando o guarda-redes Will Martin. Aos 12 minutos, João Rodrigues respondia a meia altura a um passe de João Souto para o 3-0, dilatando o capitão da selecção das quinas três minutos depois, numa picadinha em que a expressão quase lamentava as facilidades que lhe eram dadas.

"Adormecidos" na pista atacante, os portugueses veriam Jack Tucker surgir na área para um desvio a surpreender Pedro Henriques para o 4-1, e, pese novo golo, por Henrique Magalhães, o 5-1 ao intervalo era lisonjeador para os ingleses, responsáveis pela única falta de equipa apitada nos primeiros 25 minutos.

Com Xano Edo na baliza, os portugueses seriam mais objectivos na chegada à baliza adversária na segunda parte. João Rodrigues juntou mais dois golos à sua conta pessoal, chegando mais tarde aos cinco. Nas contas finais, Rafa apontaria três, Henrique Magalhães e João Souto dois, Gonçalo Alves, Nuno Santos e Telmo Pinto, este a fechar a contabilidade, um cada. Só Hélder Nunes ficaria em branco.

Entre os postes, Xano, tal como Pedro, também iria ao fundo da sua baliza, cabendo o "feito" a Owen Norris, quando reduziu para 8-2 aos sete minutos da segunda parte, ainda longe do 15-2 final que ficará, espera-se, como a maior goleada deste Campeonato da Europa.

Esta sexta-feira, Portugal procura regressar às finais europeias, depois de ter ficado fora em 2021, em Paredes. Dois dias depois de ter vencido a França por 3-1, a selecção de Renato Garrido volta a defrontar os gauleses. Agora a sério, é hora de confirmar os pergaminhos de selecção mais laureada da competição, com 21 títulos em 55 edições.