Portugal na final

Com a eficácia de Pedro Henriques a defender e de Gonçalo Alves a marcar nas bolas paradas, Portugal está na final do Europeu. A selecção das quinas venceu a França por um 5-2 feito na primeira parte e aguarda por Espanha ou Itália para a decisão.

21.Jul.2023 Euro

Portugal está na final do Campeonato da Europa, depois de vencer a França por 5-2. As bolas paradas defendidas por Pedro Henriques e transformadas por Gonçalo Alves foram decisivas num resultado feito nos primeiros 25 minutos de jogo. Espanha e Itália disputam a segunda meia-final.

Em busca de um lugar na decisão que não conseguira em 2021, Renato Garrido apostou em Telmo Pinto de início e ganhou a aposta, com o jogador do Porto a marcar ainda não estava decorrido meio minuto, aproveitando a sobra de um remate de Hélder Nunes.

Telmo foi aposta no cinco inicial e aposta rapidamente ganha: marcou aos 29 segundos.

A França, muito mais aplaudida no início do jogo, tinha de assumir desde cedo as despesas de ataque, muito à conta de Roberto Di Benedetto. Carlo Di Benedetto foi opção de início, mas, lesionado no ombro esquerdo (obrigado a cirurgia no inicio de Agosto que o deverá deixar no "estaleiro" até Outubro), esteve sempre condicionado.

Aos sete minutos, a reacção gaulesa era premiada, com Remi Herman a converter uma grande penalidade no duelo com Pedro Henriques que, mais à frente, seria determinante ao parar outras bolas paradas.

Aconteciam as primeiras substituições e Anthony Da Costa quase era feliz, mas Pedro Henriques protagonizou uma grande defesa quando o jogador nascido em Viana do Castelo surgiu livre de marcação. De resto, brilhava um Pedro de cada lado entre os postes, com Portugal a apostar na meia distância e a França a tentar a finalização mais perto da área.

Remi Herman igualou de grande penalidade, mas Pedro Henriques sairia vencedor no total de duelos.

A oito minutos e meio do intervalo, começaria a desenhar-se o triunfo português. Roberto Di Benedetto protagonizou um grande lance, com resposta do guarda-redes português e, na resposta, na sobra feliz de uma defesa de Chambel, Rafa fazia o 2-1. Um minuto volvido, João Souto ampliava para 3-1.

Quase de imediato, Rafa veria o azul, depois de até ter reclamado um bruá colectivo das bancadas ao passar o stick pelas costas, e Carlo Di Benedetto seria eficaz de livre directo, mas no "tu-cá-tu-lá" de golos, Roberto Di Benedetto também veria o azul e Gonçalo Alves também seria eficaz, repondo a vantagem de dois golos com o 4-2.

A eficácia nas bolas paradas - defendidas ou convertidas - faria a diferença na definição do resultado final.

Carlo Di Benedetto marcou de livre directo, mas, condicionado, não teve a dimensão ofensiva que a França necessitava.

Nos últimos quatro minutos desta primeira metade de jogo, Carlo ganhou uma grande penalidade, mas Pedro Henriques negou novo golo a Remi. Gonçalo, que discutira com Carlo no seguimento da grande penalidade, conquistaria um livre directo por azul ao seu companheiro do Porto e encarregar-se-ia de fazer o 5-2. Em nova grande penalidade, Roberto tanto tentou colocar que atirou ao poste e o resultado não se alteraria até ao descanso. Nem até ao fim do jogo.

Para a segunda parte, a França trocou de guarda-redes. Com pouco mais de um minuto jogado, os gauleses ganharam nova grande penalidade quando Roberto aproveitou que Telmo estava no chão na área portuguesa, levando à revolta de Renato Garrido. Mas Pedro Henriques voltou a ganhar o duelo a Remi.

Gonçalo Alves transformou as duas oportunidades de livre directo de que dispôs na primeira parte.

Carregava a França, com Portugal a procurar controlar o jogo e a contar com um Pedro entre os postes que fechara definitivamente a porta, frustrando todas as iniciativas contrárias. O regresso à pista de Gonçalo Alves, João Rodrigues e Hélder Nunes trouxe outra predisposição ofensiva, mas seria o guarda-redes a colocar um ponto final na discussão quando, a 12 minutos do fim, ganhou outro duelo de bola parada, agora a livre directo de Carlo Di Benedetto.

A França não conseguia reduzir e começava a ficar sem energia física e mental para mais. Alan Audelin até parou um livre directo de Gonçalo Alves, mas Portugal já nem precisava de marcar. Protagonizaria minutos finais a trocar a bola, a desfrutar do jogo, a tentar golos bonitos. A descansar para um desafio maior.

Pedro Henriques foi preponderante, nomeadamente quando a França procurou um terceiro golo que poderia dar esperança de recuperação.

A 20 segundos do fim, o jogo acabou, com os jogadores a cumprimentarem-se até o tempo terminar, num momento sublinhado com aplausos das bancadas.

A final disputa-se este sábado, a partir das 21h45 locais, 20h45 em Portugal continental. Pelos compromissos televisivos com a RTP, será a única partida que a selecção portuguesa não disputa às 18h30 locais. Portugal procurará o seu 22º título, o segundo deste século.