«Vamos valorizar aquilo que a minha rapaziada tem feito»
Valorizando o trabalho colectivo, Nuno Resende relevou o controlo emocional da sua equipa numa vitória difícil sobre o Tomar. Em semana de lançamento de possíveis seleccionadores, confessa um objectivo... mas não para já.
Soaram alarmes na Luz. Não no sentido metafórico de eventuais preocupações, mas no sentido literal.
Alheio ao barulho das sirenes que ecoavam no pavilhão, Nuno Resende reconheceu uma partida difícil, em que o controlo emocional acabou por ser preponderante. O Benfica reagiu ao assomo inicial do Tomar, foi eficaz de bola parada e, com - na opinião do técnico - o jogo relançado com o 4-2, soube gerir os momentos de jogo.
Nos elogios à prestação colectiva da sua equipa, Resende ficou visivelmente incomodado com as questões mais particulares. Fosse com a não utilização (e o futuro) de Lucas Honório, que - não convocado - mereceu aplausos e cânticos dos adeptos da sua ex-equipa, fosse com a preponderância de Nil Roca e Roberto Di Benedetto no jogo encarnado.
O técnico das águias reforçou o trabalho que tem sido feito por todo o grupo, em jogo ou em treino, e recordou que não tem, por exemplo, contado com Pablo Álvarez, o "killer de San Juan", autor de perto de 70 golos na temporada passada. E o Benfica já ganhou Elite Cup, Supertaça António Livramento e está no grupo da frente do campeonato, merecendo que tal seja valorizado, clamou Resende.
Em descompressão, Nuno Resende foi instado a comentar a notícia de Record que dava Paulo Freitas e Edo Bosch, respectivamente treinadores de Óquei de Barcelos e Oliveirense, como os mais bem colocados para assumir a liderança da selecção nacional. Não se escusando a comentar, apontou qualquer um dos dois como uma excelente escolha, e, apesar de anterior experiência com selecções [foi seleccionador angolano de Sub-20 no Mundial de 2015], não ficou melindrado por ficar fora da equação para o cargo. A Selecção é um objectivo, mas não para já.
Segunda-feira, 20 de Novembro de 2023, 23h35