Barcelona, a tormenta portuguesa

Em San Juan, para a Taça Intercontinental, o Barcelona disputou a sua 59ª final em competições internacionais. A 24ª contra equipas portuguesas, tendo os blaugrana celebrado a vitória em todas elas. Uma regra que tarda em ter excepção.

Barcelona, a tormenta portuguesa

"É uma tormenta portuguesa, com certeza. É com certeza uma tormenta portuguesa". Se o poeta português Reinaldo Ferreira, nascido em Barcelona em 1922, tivesse sobrevivido para testemunhar os êxitos internacionais no Hóquei em Patins do mais representativo emblema da sua cidade natal, poderia ter escrito sobre outra coisa tão lusa como a "casa portuguesa": as derrotas em finais com o Barcelona.

Entre Liga Europeia (ou Taça dos Campeões Europeus, agora Champions League), Taça CERS (agora Taça WSE), Taça das Taças, Taça Continental, Taça Intercontinental e a fugaz Taça Ibérica que só teve três edições, o Barcelona disputou um total de 59 finais internacionais. A final da Taça Intercontinental deste domingo foi a 24ª frente a equipas portuguesas. E os blaugrana ganharam todas.

A mais titulada equipa de Hóquei em Patins do Mundo raramente falhou quando chegou aos momentos de decisão. Entre os chavões de "importante é chegar" e "as finais são para ganhar", o Barcelona ganha mais do que ninguém.

Nas 59 finais internacionais disputadas, os blaugrana ganharam 51: uma vez frente a belgas, quatro com argentinos, sete com italianos, 15 com compatriotas espanhóis e as tais 24 contra portugueses. E perderam apenas oito: foram derrotados duas vezes pelo Voltregà, uma pelo Igualada e outra pelo Liceo na mais importante prova europeia de clubes, perderam também com o Liceo e o Noia para a Taça Continental, com o Seregno na Taça CERS e com a UVT na Taça Intercontinental. Nunca frente a emblemas portugueses.

O Barcelona disputou 24 finais internacionais com equipas portuguesas, vencendo sempre. No cúmulo, os blaugrana chegaram em 1995 à final de uma Taça das Nações que não entra nas contas, e venceram nada menos que a selecção portuguesa.

Frente a equipas portuguesas, o Barcelona conquistou 11 vezes a Champions League (de um total de 22 conquistas), oito vezes a Taça Continental (em 18), três vezes a Taça Ibérica e duas vezes (de seis) a Taça Intercontinental. De resto, o Porto é a "vítima" favorita dos blaugrana nas decisões, com 14 finais disputadas e perdidas. Note-se que a segunda equipa mais vezes derrotada pelo "némesis" dos dragões em finais, é o Reus... mas em "apenas" quatro ocasiões.

Entre as equipas portuguesas, o Barcelona venceu também Sporting (em três Taças Continentais), Benfica (duas Champions League), Óquei de Barcelos (uma Champions League e uma Taça Ibérica), Paço de Arcos e Oliveirense (uma Continental cada) e Desportivo de Lourenço Marques (Champions League).

O Porto é o segundo emblema com mais presenças nas decisões, tendo estado em 34. Mas, numa "malapata" que a conquista da Champions League em Maio último não disfarça, soma "apenas" 10 troféus. São tantos como o Sporting, que só disputou 18 decisões, e mais um que o Benfica, que só esteve 16 vezes nos jogos de atribuição de títulos. Com menos finais disputadas, o Liceo tem 22 títulos (em 27 finais), o Reus 13 (em 23) e o Igualada 11 (em 14).

AMGRoller Compozito

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