As finais são para ganhar e Porto adianta-se

O Porto 'sobreviveu' a uma boa exibição do Benfica no Dragão Arena. Levando o jogo a prolongamento, os dragões viraram de uma terceira desvantagem frente às águias para vencer o primeiro jogo da final. Com pouco brilho, a vitória vale ouro.

As finais são para ganhar e Porto adianta-se

O Porto venceu o primeiro jogo da final do Campeonato Placard. O Benfica protagonizou uma excelente partida numa pista onde, historicamente, raramente venceu e só cedeu no prolongamento.

Pese já ter Pedro Henriques disponível, Nuno Resende passou à pista o "mesmo que estivesse disponível não era certo que fosse a jogo" que referiu no rescaldo da "negra" frente à Oliveirense e lançou Bernardo Mendes. Talvez uma aposta sem risco, dado que o histórico torna normais as derrotas do Benfica na pista do rival.

Com audácia, o Benfica foi mais perigoso na fase inicial, acabando por capitalizar aos 11 minutos, quando Nil Roca tirou Gonçalo Alves do caminho e rematou forte para o primeiro golo da final. O Porto procurava a responder, mas acabava por conceder vários contra-ataques aos encarnados, com Resende a poder queixar-se de falta de eficácia. E, não marcando, o Benfica sofreu. Carlo Di Benedetto entrou pela direita e rematou cruzado para a igualdade.

Não durou. Os encarnados parecia que estavam à espera da igualdade e, logo após o recomeço do jogo, os dragões permitiram mais uma situação de superioridade numérica - de três-para-dois - e, a passe de Nicolia, Roberto Di Benedetto rematava de primeira para o 1-2 com que se chegaria ao intervalo.

Na etapa complementar, o Benfica voltou a entrar com propensão ofensiva. Com o passar dos minutos as oportunidades iam-se dividindo, mas eram mesmo as águias que trabalhavam melhor, em defesa e em ataque, ainda que as reais oportunidades de golo, quer na baliza de Malián, quer de Bernardo - com os guarda-redes atentos - escasseassem.

Os minutos passavam sem que o Porto encontrasse soluções para chegar à igualdade. Mas, a pouco mais de sete minutos do final, um remate de Gonçalo Alves desviava em Pol Manrubia para trair Bernardo Mendes. Estava tudo como no início, com os dragões a resistirem à boa exibição do rival.

Houve oportunidades de um lado e de outro, mas, quatro dias após a "negra" frente ao Sporting, o Dragão Arena voltava a viver um prolongamento. Ao 21º jogo entre o Porto de Ares e o Benfica de Resende, era o primeiro empate em 50 minutos.

O tempo extra começava com oito faltas para cada lado, inalteradas durante oito minutos e meio para o Porto e 13 para o Benfica.

Sob o olhar do seleccionador português Paulo Freitas, na cadeira que separou Pinto da Costa de Villas-Boas, os encarnados voltariam à liderança do marcador com um golo de Pablo Álvarez, a responder a um passe tenso de Roberto Di Benedetto, num lance que mereceu revisão vídeo, sistema com aparição não anunciada nesta final, mas sem alteração de decisão.

No entanto, os encarnados não conseguiriam segurar a vantagem. No mesmo minuto, caía a 10ª falta do Benfica e Carlo Di Benedetto fazia o 3-3. A execução até levou a bola ao poste, mas acabaria por ressaltar em Bernardo Mendes para o fundo das redes. Tudo nos primeiros cinco minutos do prolongamento.

A meio dos segundos cinco minutos, o Porto chegaria pela primeira à vantagem no jogo, com um remate de primeira de Rafa a concluir um ataque rápido, o melhor gizado pelos dragões na partida. E o mais importante.

O Benfica arriscou tudo, atacando sem guarda-redes. E tudo perdeu. Rafa, a assumir-se como a figura do jogo, fez o 5-3 e sentenciou a partida com 20 segundos para jogar. Perto do apito final, houve lugar ao livre directo da 10ª falta do Porto, mas Nicolia não conseguiu transformar.

O segundo jogo desta final está agendado para quarta-feira, 19 de Junho, no Pavilhão Fidelidade.

Final à melhor de cinco

Porto 5-3 Benfica (2-2, 3-1 prol.) • 16.Jun

• Benfica vs. Porto • 19.Jun, 20h

• Porto vs. Benfica • 23.Jun, 15h

• Benfica vs. Porto • 26.Jun, 20h¹

• Porto vs. Benfica • 30.Jun, 15h¹

¹ se necessário

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