Espanha é campeã de Sub-19, ou o título mundial por um buraco

A Espanha é campeã do Mundo de Sub-19, depois uma vitória sobre Portugal marcada pelo momento imediatamente antes do 1-2 para 'La Roja'. Com empate a um, Viti rematou para o fundo das redes... e mais além, atravessando-as, sem golo assinalado.

Espanha é campeã de Sub-19, ou o título mundial por um buraco

Não foi ver o título por um canudo, mas antes por um buraco. Saltemos as incidências até aos sete minutos finais, com um empate a um no marcador. Viti, que só não esteve em pista quando um azul a isso obrigou, puxou à esquerda e, com um remate forte e com Biel Nadal a tapar a visão a Martí Pallejà, fez a bola beijar o fundo das redes.

Mas a bola não se deteve, atravessando as redes. Nem Claudio Ferraro, nem Franco Ferrari tiveram a certeza do golo e o jogo prosseguiu. E foi falta portuguesa, a 10ª, e o capitão Jacobo Copa desequilibrou a favor da Espanha.

Os portugueses bem procuraram o
Os portugueses bem procuraram o "buraco" na rede, mas não havia forma dos árbitros reverterem a (não) decisão.
Alheio aos protestos de Portugal, o capitão Jacobo Copa deu vantagem, decisiva e definitiva, à Espanha.
Alheio aos protestos de Portugal, o capitão Jacobo Copa deu vantagem, decisiva e definitiva, à Espanha.

Portugal tentou tudo. Teve bolas no ferro, golos cantados que não entraram. Muitas mãos na cabeça. E, já sem guarda-redes, veriam Quim Gabarró assinar o 1-3 final sobre o apito.

A Espanha sagrava-se campeã do Mundo de Juniores pela quinta vez, depois dos títulos de 2007, 2009 e 2011, todos frente a Portugal, e de 2019, num final com a Argentina. Um ano depois de uma final europeia perdida com a selecção das quinas, coube aos "sobreviventes" dessa derrota - Copa e Miquel Escala - erguerem a taça.

Jacobo Copa e Miquel Escada, que tinham perdido a final europeia há um ano, ergueram o título mundial.
Jacobo Copa e Miquel Escada, que tinham perdido a final europeia há um ano, ergueram o título mundial.

Até ao insólito momento do golo que afinal não foi, houve equilíbrio. Entrou melhor a Espanha, a procurar marcar primeiro, com Portugal mais na expectativa. Logo aos quatro minutos, Viti viu azul (caiu e rasteirou Gabarró, que se isolava) e Carles Casas inaugurou o marcador.

Portugal reagiu, em busca do golo, mas foi talvez acusando algum cansaço de Viti e José Azevedo, largos minutos em pista. No encaixe das duas equipas, os pormenores podiam fazer a diferença e, a três minutos do intervalo, Casas foi mais esperto que Diogo Lemos, que caiu na fita do catalão e viu azul, mas, desta feita, não foi eficaz perante Afonso Venda.

Carles Casas, de livre directo, inaugurou o marcador.
Carles Casas, de livre directo, inaugurou o marcador.

Na segunda parte, a Espanha entrou a especular, com ataques mais longos. Portugal, apesar da desvantagem, mantinha a serenidade. E cedo chegaria a 10ª falta espanhola. Viti fez o 1-1 e, logo de seguida, houve uma perdida incrível da selecção portuguesa.

A selecção de Carlos Cortijo voltava a pegar no jogo, a querer novamente ganhar vantagem, mas o vincado ascendente durou pouco. Os de Vasco Vaz equilibraram e o golo podia cair para qualquer um dos lados. E ser validado ou não...

Viti não perdoou a 10ª falta espanhola e igualou no arranque da etapa complementar.
Viti não perdoou a 10ª falta espanhola e igualou no arranque da etapa complementar.

A incidência a cerca de sete minutos do fim, é uma como outras tantas que acontecem. Não há VAR ou SRV ou outras siglas e para os árbitros será sempre complicado assumir um golo em que a bola não fica na baliza. Mas aquela rede é "apenas" uma das redes que vai estar em todo o Campeonato do Mundo de Seniores Masculinos e na decisão do Campeonato do Mundo de Seniores Femininos...

Bronze para a Argentina

Antes da final, na luta pelas medalhas de bronze, a Argentina venceu a anfitriã Itália por 7-4. Na reedição da final de 2022, os argentinos, cessantes campeões mundiais, realizaram talvez a sua mais consistente partida nesta campanha e reclamaram o lugar mais baixo do pódio.

A França ficou com o 5º posto, depois de vencer o Chile por claros 2-7. Do percurso dos gauleses ficam três derrotas, mas todas pela margem mínima, com Portugal (3-2), Itália (3-4) e Argentina nos quartos-de-final (4-3).

Alemanha vence Campeonato Intercontinental

O Campeonato Intercontinental terminou com o triunfo da Alemanha, que venceu na "final", jogo pelo 9º lugar geral, Andorra por 8-3.

Foi um Mundial "B" de muitos imbróglios, da falta de jogadores na China, à ausência das equipas do Egipto e Angola num atribulado primeiro dia, deixando os Sub-19 sem representação africana, ao protesto alemão, na expectativa que haja mudanças para a próxima edição.

Mantendo-se o modelo desportivo em 2026, a World Skate America perde uma vaga no dito Mundial "A" em virtude da despromoção da Colômbia a par da europeia suíça, sendo que do Campeonato Intercontinental "sobem" duas selecções europeias, face à classificação de Alemanha e Andorra.

Assim, sendo depois as vagas distribuídas conforme a classificação dos respectivos campeonatos continentais, haverá seis lugares no Campeonato do Mundo para a World Skate Europe e apenas dois para a World Skate America.

Finais

• 7º e 8º • Colômbia 1-4 Suíça • 14.Set

• 5º e 6º • Chile 2-7 França • 14.Set

• 3º e 4º • Argentina 7-4 Itália • 14.Set

• 1º e 2º • Portugal 1-3 Espanha • 14.Set

Classificação final

1º Espanha, 2º Portugal, 3º Argentina, 4º Itália, 5º França, 6º Chile, 7º Suíça, 8º Colômbia, 9º Alemanha, 10º Andorra, 11º Grã-Bretanha, 12º Índia, 13º Estados Unidos, 14º Taiwan, 15º México, 16º Macau, 17º Nova Zelândia, 18º China

AMGRoller Compozito

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