Frente a Portugal, Espanha carimba final nas grandes penalidades
Com o marcador 'taco-a-taco' e um 5-5 no fim do tempo regulamentar e prolongamento, a meia-final entre Portugal e Espanha só ficou decidida nos penáltis. 'La Roja' marcou dois e a selecção das quinas apenas um. A final é entre Argentina e Espanha.
Numa meia-final apenas decidida nas grandes penalidades, a Espanha levou a melhor sobre Portugal e defronta na final a Argentina, que afastara a Itália.
Com atraso - e sem tempo para hinos - em virtude de um assalto ao balneário da equipa portuguesa, o dérbi ibérico das meias-finais do Campeonato do Mundo começou com mais Espanha, e com Ângelo Girão a ser colocado à prova em remates de meia distância.
Portugal, à zona, começou a um ritmo baixo, mas foi embalando e criando oportunidades para Carles Grau resolver. Tal como Girão, sem problemas de maior.
A meio da primeira parte, Pau Bargalló fez soar o ferro direito da baliza portuguesa num remate de meia distância. Era o toque a despertar. Paulo Freitas pedia um desconto de tempo e, no regresso, Gonçalo Alves conduzia um contra-ataque e Hélder Nunes "picou" e fez o 1-0. A Espanha reclamou bola alta, Portugal reclamou de um toque de Nil Roca na face de Hélder, que o retiraria alguns minutos do jogo. Pouco depois, Xavi Cardoso, num remate da zona frontal, ampliava para 2-0.
Guillem Cabestany parava o jogo, e a "palestra" também resultava em catalão. Marc Grau, a "bailar" na área com Xavi Cardoso, libertou-se e, de primeira à boca da baliza, reduziu. Logo a seguir, a sete minutos e meio do intervalo, o mesmo Grau rematava fortíssimo da direita para o 2-2.
Era a vez de Paulo Freitas conter os estragos e tentar mudar o rumo dos acontecimentos. No marcador, havia igualdade no resultado e em faltas, com cinco para cada lado. Mas a Espanha não tardou a voltar a marcar consumando a reviravolta, com Ignacio Alabart a serpentear sem oposição para fazer o 2-3.
De golo em golo, Hélder Nunes rematava do meio da rua (vá, da pista...), na solução ofensiva mais recorrente de Portugal, e Gonçalo Pinto traía Grau no desvio. No entanto, o intervalo chegaria mesmo com a Espanha em vantagem, justificada pelo assumir do jogo, com Pau Bargalló a finalizar no coração da área portuguesa após mais uma boa jogada de entendimento.
Os segundos 25 minutos começaram praticamente com a nona falta espanhola. Cairia a 10ª aos 15 minutos, "sacada" por Hélder Nunes, que menos de um minuto antes lograra, em jogada de insistência o golo num lance em que recuperou, rematou à tabela de fundo e, no ressaltou, fez o 4-4.
Portugal tinha oportunidade de, em livre directo, passar de novo para a frente, mas Gonçalo Alves permitia a defesa do ex-colega Grau e, no seguimento, o atacante luso veria o poste devolver-lhe um forte remate.
Portugal não sairia das sete faltas, desde os cinco minutos desta segunda parte, até ao prolongamento, fruto de um bloco baixo, zonal, sem pressão. A Espanha chegava às 12 e ficavam ambos a três faltas do livre directo.
Com cautelas de parte a parte, a Espanha procurava mais o golo. Quando marcou, num belo remate de Pau Bargalló na zona frontal, mal teve tempo de festejar um tento que poderia ser decisivo. Zé Miranda, que ficara no bloqueio no quinto golo espanho, rematou forte para o 5-5 que levaria o jogo para "horas extraordinárias".
Na primeira parte do prolongamento, só houve uma falta para cada lado, com mais Espanha e Portugal a apostar no remate de longe a pedir desvio, ou uma desatenção de Grau. Na segunda metade do tempo extra, Hélder Nunes abriu com um tiro ao "barrote", mas já
faltavam - de parte a parte - forças e discernimento para mais.
Nas grandes penalidades, João Rodrigues escolheu "campo", do lado da maior falange de apoio de Portugal. E o capitão português até converteu a penalidade que lhe coube, a primeira da selecção das quintas. Mas mais ninguém marcou...
Do lado espanhol, Martí Casas converteu a terceira grande penalidade e Pau a quinta. Na tentativa de igualar, Rafa foi infeliz.
A Espanha, campeã em 2017 e terceira em 2019 com Alejandro Dominguez, não foi além do quinto lugar em 2022, já com Guillem Cabestany. O ex-treinador do Porto está de saída do comando técnico, e soma duas vitórias no Europeu, procurando agora, no seu segundo mundial, o titulo para se despedir com a "cereja no topo do bolo".
Quartos-de-final
• QF1 • Argentina 4-1 Andorra • 20.Set
• QF3 • Espanha 7-0 Suíça • 20.Set
• QF2 • Portugal 4-2 França • 20.Set
• QF4 • Itália 5-2 Angola • 20.Set
5º ao 8º lugares
• LF1 • Andorra 2-3 Angola • 21.Set
• LF2 • França 9-2 Suíça • 21.Set
Meias-finais
• MF1 • Argentina 5-4 Itália • 21.Set
• MF2 • Portugal 6-7 Espanha (5-5, 0-0 prol., 1-2 pen.) • 21.Set
Finais
• 7º e 8º • Andorra vs. Suíça • 22.Set, 9h
• 5º e 6º • Angola vs. França • 22.Set, 11h30
• 3º e 4º • Itália vs. Portugal • 22.Set, 15h
• 1º e 2º • Argentina vs. Espanha • 22.Set, 18h
Horários (a confirmar) na hora local. Menos uma hora em Portugal continental.
Sábado, 21 de Setembro de 2024, 20h33