Foi um roubo
A meia-final entre Portugal e Espanha começou atrasada e depois dos jogadores terem surgido com camisolas trocadas. Foi um roubo, desta vez no sentido literal. Os balneários, num pavilhão onde sobra polícia, foram saqueados durante o aquecimento.
Qualquer jogo entre Portugal e Espanha, que juntos somam 33 títulos mundiais dos 46 disputados, é um jogo de tensão. Por vezes, nem só pelo que se passa em pista.
Este sábado, antes da meia-final do Campeonato do Mundo que decorre em Novara, a selecção portuguesa recolheu aos balneários após o aquecimento e regressou com camisolas trocadas.
Entretanto, com a anuência da Espanha, foram trocados os equipamentos inicialmente previstos, acabando por jogar Portugal com o principal e a Espanha com o alternativo. Tudo com impacto na hora prevista para o início de jogo.
Na conferência de imprensa, o esclarecimento público: foi um roubo.
No regresso aos balneários após o aquecimento, Portugal percebeu a falta de várias camisolas, material técnico suplente e vários pertences pessoais. Na "urgência" do acto, muito se salvou, mas a situação entra directamente para o "top" do anedotário muito próprio do Hóquei em Patins.
O Pala Igor está praticamente "paredes meias" com a polícia local, separado o pavilhão da esquadra por não mais do que um passeio de cerca de 20 metros. No pavilhão, não falta polícia a controlar entradas e público nas bancadas e até a transportar os árbitros do hotel para o pavilhão e vice-versa. Faltou vigilância numa zona onde poucos deviam, desde logo, chegar.
No jogo, Portugal fez por se alhear dos "amigos do alheio" e depois de 15 minutos sem golos, até chegou a uma vantagem de dois tentos. O que se passou nos 50 minutos devia ser a única história que importaria contar.
No final da partida, foi elaborado o auto, na expectativa de se conseguir recuperar o que, na maioria das vezes, acaba por ser lamentavelmente irrecuperável.
Domingo, 22 de Setembro de 2024, 8h13