«Vencemos a melhor versão de Portugal»
No rescaldo de uma partida em que viu Espanha melhor do que Portugal, Guillem Cabestany, de saída do comando técnico, apontou a melhor versão portuguesa deste seu ciclo em que procura o título mundial depois de dois europeus.
Num dérbi ibérico, o que interessa é ganhar. Nem que seja em moeda ao ar. Em Novara, nas meias-finais, não foi tão longe. A Espanha venceu nas grandes penalidades e, pese o desgaste de uma partida longa, fica o apuramento para a final.
Para Guillem Cabestany, a Espanha venceu a "melhor versão de Portugal" neste ciclo - desde 2021 - que leva à frente de "La Roja". Em jogo jogado, elogiou a sua equipa, explicando que tenta "explorar as qualidades dos jogadores que têm" e que "Pau é o máximo expoente no jogo atrás da baliza".
Aproveitando também as rotinas trabalhadas no Barcelona ao longo da época (com Pau Bargalló, Ignacio Alabart e Marc Grau), Cabestany sublinhou as várias soluções tentadas para tentar demover a "defesa muito boa e bem fechada de Portugal".
No guião de Cabestany, estava escrito que o 5-4, com um grande golo de Pau, seria o desfecho perfeito da partida. E confessou que pediu desconto de tempo para "meter gelo", mas não saiu na mesa. E Zé Miranda, um jogador "a explodir" segundo o técnico catalão, fez o 5-5 que levou o jogo para prolongamento e, mais tarde, grandes penalidades.
Treinador do Porto entre 2015 e 2021, e apesar de apenas um dos seus jogadores convocados (Nil Roca) ali ter jogado na pretérita temporada, Guillem Cabestany reconhece o campeonato português como o melhor do Mundo. No entanto, para o técnico, tal não é factor para se esperar outro rendimento da selecção portuguesa. De facto, não serão os jogadores portugueses que são determinantes nos seus clubes ou os que mais valorizam esse campeonato...
Na conferência, Cabestany esteve acompanhado do capitão Pau Bargalló, que irá reforçar o Benfica. Com mais afluência mediática que o habitual, as perguntas ao técnico esgotaram o tempo disponível, até porque Portugal já esperava para responder às questões.
Cabestany, bicampeão europeu, está de saída do comando de "La Roja" no final do Mundial e procura o título para a Espanha, que lhe escapa desde 2017.
De resto, esta será a primeira presença na final desde esse Mundial na China, mas a Espanha é recordista de triunfos, com 17, impulsionados por uma geração dourada que conquistou cinco consecutivos entre 2005 e 2013.
Sete dos 17 títulos espanhóis foram com a Argentina vice-campeã. Os argentinos contam metade dos seus seis títulos com a Espanha "vice".
Domingo, 22 de Setembro de 2024, 8h28