«Falta um bocadinho»
A ambição era total, mas o bronze foi festejado como se fosse ouro. Alessandro Bertolucci acredita que falta pouco para um novo título italiano, pedindo intensidade às equipas na Serie A1. Mas não deixa de piscar o olho a Portugal.
Não foi desta que o ouro voltou a luzir sobre o "azzurro". Campeã do Mundo em 1953, 1986, 1988 e, com o agora seleccionador Alessandro Bertolucci como jogador, em 1997, a Itália, com uma geração talentosa, apostava forte neste Mundial em casa, mas o sonho gorou-se nas meias-finais.
Ainda assim, o bronze foi festejado como de ouro se tratasse. Itália chegou ao pódio mundial pela 24ª vez em 46 edições, mas pela primeira vez nas últimas 10 edições realizadas. Pela primeira vez em 21 anos. Alessandro Bertolucci dedicou, de forma reiterada, a "conquista" ao "movimento do Hóquei em Patins italiano".
A última medalha fora garantida em 2003, em Oliveira de Azeméis, com Carlos Dantas ao leme. Foi desde logo assegurada com a vitória nas meias-finais sobre a Espanha por 4-3, gorando-se o título na final com Portugal com um tento solitário de Pedro Alves. Alessandro Bertolucci era uma das figuras da "azzurra".
21 anos depois, seleccionador desde o Europeu de 2021, Alex conduz Itália a nova medalha. "Falta um bocadinho" para o ouro.
A Itália venceu o Chile por 7-0 e a França por 0-1. No fecho da fase de grupos, perderia tangencialmente com a Espanha por 4-3.
Nos quartos-de-final, a vitória por 5-2 sobre Angola foi mais difícil do que a diferença final poderá espelhar, e, nas meias-finais, uma excelente exibição frente à Argentina não foi suficiente para assegurar a passagem à final.
É uma selecção em crescimento, a que Alessandro Bertolucci pede intensidade. E, com apenas um jogador a actuar para lá dos Alpes [Verona, no Sporting], o seleccionador pede intensidade no campeonato italiano, que deve ser o espaço de consolidação dos jogadores.
Alex diz que vai fazendo a sua parte, desde logo no Sarzana, mas também no Trissino e no Forte, tendo conquistado os últimos três títulos nestas duas equipas. E, agora, tentará fazer o mesmo no Bassano.
No entanto, o próprio Alessandro Bertolucci não fecha a saída para outro campeonato, mormente o português. Depois de ter representado o Óquei de Barcelos entre 1998 e 2001, mais do que uma ambição, é uma certeza: um dia voltará.
Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 10h50