Olha que três
A Elite Cup, desde as edições não oficiais, tem sido palco de experiências no âmbito das regras e de ferramentas de apoio às decisões dos árbitros. A utilização de três árbitros em pista mereceu elogios dos intervenientes.
Vem desde a primeira edição, ainda não oficial, da Elite Cup a vontade de inovar. Por sugestão dos clubes - nos descontos de tempo, na maneira de os pedir, no tempo de ataque ou na forma de desempate -, ou, já oficialmente e com o Conselho de Arbitragem envolvido, com a utilização do Sistema de Revisão Vídeo (SRV). E, agora, com três árbitros em pista.
Na apresentação e sorteio da prova, Luís Sénica anunciou a utilização de três árbitros em vez dos habituais dois nas provas da categoria máxima e a ideia - sem superstições de "13 à mesa" - foi a jogo na competição masculina da Elite Cup.
Na natural falta de hábito, foi notória a (ainda maior) necessidade de comunicação permanente para a devida ocupação dos espaços e controlo do jogo, aparentemente obrigando também a um maior esforço físico, mas tal seria negado pelos árbitros envolvidos.
Até porque mais um par de olhos dá sempre jeito, as arbitragens foram globalmente elogiadas e o recurso ao SRV até acabaria por confirmar as decisões tomadas.
Dos árbitros - remetidos ao silêncio público -, aos treinadores e jogadores, as apreciações foram globalmente positivas. Por exemplo, Marc Torra, capitão da Oliveirense, fez questão de elogiar a medida e a arbitragem do trio Fernando Vasconcelos, Joaquim Pinto e Miguel Guilherme na final, apesar de ter saído derrotado. E o minhoto Vasconcelos e o portuense Pinto terão mesmo o prémio da chamada de novo a Odivelas, agora para apitar, no próximo dia 19, a decisão da Supertaça António Livramento entre Porto e Óquei de Barcelos.
Sem se remeter a palavras de circunstância, Ricardo Ares apontou a necessidade de continuidade, em vez de se ficar por uma experiência avulso. Pela amostra do SRV, a utilização de três árbitros em pista é provável que, a curto ou médio prazo, volte apenas pontualmente - até porque há muito se fala da escassez de árbitros - a ser utilizada, não sendo impedimento o facto de não estar prevista nas regras do Hóquei em Patins.
A não ser que, como noutras situações - noutras competições que não as da "elite" da modalidade -, as regras e regulamentos sejam "estritamente" respeitados. Por exemplo, na não utilização de instrumentos simples, como o marcador de 45 segundos, em pavilhões devidamente homologados para a utilização dos mesmos, nas fases finais dos campeonatos jovens.
Quinta-feira, 17 de Outubro de 2024, 10h05