Noia, Benfica, Porto e Óquei de Barcelos na Final Four

Está definida a Final Four da Champions League, que se decide a 10 e 11 de Maio, em Matosinhos, entre Noia, Benfica, Porto e Óquei de Barcelos, que confirmaram as vitórias da primeira mão. Mas os barcelenses precisaram de ir a penáltis...

3.Abr.2025 Champions

Não houve reviravoltas na segunda mão dos quartos-de-final da Champions League e, depois de triunfos na primeira mão, Noia, Benfica, Porto e Óquei de Barcelos estão na Final Four da mais importante prova europeia.

A 10 e 11 de Maio, em Matosinhos, as meias-finais serão entre Benfica e Porto e, no inusitado modelo que proporciona embates entre 1º e 2º do mesmo grupo, entre Óquei de Barcelos e Noia, que foram os dois mais bem classificados do Grupo A.

Os barcelenses pareciam ter a melhor vantagem, tendo vencido por dois golos fora, mas foram quem mais suou para carimbar o apuramento, o que só conseguiria no desempate por grandes penalidades, depois de um 2-4 no tempo regulamentar.

O Liceo marcou por Dava Torres logo no primeiro minuto e, apesar da igualdade por Pol Manrubia, César Carballeira e Tato Ferruccio faziam o 1-3 e, aos 10 minutos, a eliminatória estava igualada.

Poka reduziu para recolocar os barcelenses com um pé na Final Four a quatro minutos do intervalo, mas "los verdes" voltaram a marcar nos primeiros cinco minutos, e a repôr a vantagem de dois golos, por Nil Cervera.

Foi o Óquei de Barcelos quem mais procurou desequilibrar o marcador, mas não houve golos e as equipas ficaram-se pelas nove faltas. O Liceo ficara à beira da 10ª a oito minutos do fim do tempo regulamentar, e os barcelenses com dois e meio por jogar dos 50 antes do tempo extra.

O Óquei de Barcelos entrava no prolongamento com a primeira derrota em tempo regulamentar nesta campanha da Champions League que já vai longa, mas determinado em evitar as grandes penalidades. A equipa de Juan Copa, que se veria privada de um jogador por dois minutos por azul a Tato, agradeceria a Martí Serra poder decidir a passagem nas grandes penalidades. Mas só Miguel Rocha marcou.

Oliveirense sem golos

Também a Oliveirense precisava de dois golos para igualar a eliminatória. Mas nem um conseguiu, com o Porto, muito pragmático em muitos momentos, a manter o nulo até quase ao apito final, acabando mesmo por vencer por singelo 0-1.

E seriam mesmo os dragões a reclamar nova vitória. A minuto e meio do fim do jogo, Hélder Nunes recebeu em transição, "sacudiu" Facu Navarro, e rematou cruzado para o único tento da partida.

A noite de Zé Miranda

Na Luz, o Benfica venceu o Reus por 5-2, não obstante as ausências de Roberto Di Benedetto e Pau Bargalló. Zé Miranda, do "alto" dos seus 21 anos, empunhou a batuta e, com três golos e uma assistência, conduziu as águias à vitória.

O Reus, em desvantagem por um golo, deu os primeiros sinais de perigo, mas, numa entrada pela direita, Zé Miranda não marcou à primeira, mas marcou à segunda, na recarga ao seu próprio remate, para o 1-0.

O Benfica procurou o segundo golo, mas a equipa de Jordi Garcia, com muitos jovens - e sem Joan Salvat ou Ferran Giménez - ia segurando e, a oito minutos e meio do intervalo, Pol Martínez lançou Martí Casas para o herói da Copa fazer o 1-1.

Estava tudo em aberto, mas o Reus foi infeliz na recta final da primeira parte e no início da segunda. Nos derradeiros três minutos dos primeiros 25, Zé Miranda foi oportuno num lance aparenetementa inofensivo e, sem que ninguém afastasse a bola, fez o 2-1, para depois Candid Ballart se enrolar com a bola e a empurrar para a sua própria baliza depois de remate de Diogo Rafael.

Zé Miranda conduziu o Benfica ao triunfo, com três golos e uma assistência.

No arranque da etapa complementar, noutra bola que os "reusences" não foram lestos a afastar, Zé Miranda levantou e fez o 4-1 e, num contra-ataque muito rápido, "Zézinho" assistia João Rodrigues para o 5-1.

Ainda não estavam cumpridos cinco minutos e o apuramento estava selado. Mesmo desperdiçando um livre directo pouco depois - Marc Julià levantou, mas falhou o remate perante Pedro Henriques -, o Reus não baixou os braços, mas o Benfica controlou o jogo.

Limitado na sua rotação, Edu Castro lançou Martim Costa a meio desta segunda metade, jogando até que, a quatro minutos do fim entrou Rodrigo Preciso. Ambos estiveram no último Mundial de Sub-19, tal como Carles Casas. De resto, Jordi Garcia até defendeu em "underplay" com este Casas e Pol Martínez, ambos com 18 anos, e o chileno Diego Rojas, de 22, mostrando confiança.

De meia distância, Maxi Oruste surpreendeu Pedro Henriques para fixar o 5-2 final, não beliscando o apuramento encarnado.

O "intruso" Noia

As três equipas portuguesas juntaram-se ao Noia, que jogou primeiro, e não foi além de um empate a quatro com o Trissino, valendo a vitória em Itália por 1-2.

Giulio Cocco igualou a eliminatória com pouco mais de um minuto cumprido, mas o empate a meio da primeira parte por Xavi Aragonés colocava de novo os catalães na frente da eliminatória. Para não mais deixarem de estar.

O mesmo Aragonés fez o 2-1 aos nove minutos da etapa complementar, mas novo golo italiano, por Malagoli, deixava tudo em aberto com 10 minutos por jogar. E os derradeiros dois foram de loucos.

Na necessária pressão da equipa agora orientada por João Pinto, Ivan Morales isolou-se e picou sobre Zampolli para o 3-2 que levou o Ateneu à loucura e, pouco depois, Xavi Costa fazia o 4-2 da tranquilidade. Bem, quase. Davide Gavioli respondeu de pronto e, de grande penalidade, Cocco igualou com pouco mais de um minuto para o derradeiro apito de Joaquim Pinto e Pedro Figueiredo.

O Trissino atacou a cinco, e conseguiu várias situações de remate, mas sem o desejado golo que levaria o jogo para prolongamento.

Decisão em Matosinhos

Nos próximos dias, a World Skate Europe deve confirmar a Cidade Europeia do Desporto, Matosinhos - e o seu Centro de Desportos e Congressos, com capacidade para perto de 4000 espectadores -, como sede da Final Four da Champions League.

Será a sexta decisão consecutiva da mais importante prova europeia em Portugal, depois do Dragão Arena (2018), João Rocha (2019), Luso (2021), Torres Novas (2022), Viana do Castelo (2023) e Pavilhão Rosa Mota (2024). Entre 1997, quando a decisão deixou de ser a duas mãos, e 2017, apenas cinco decisões tinham sido em Portugal.