«Fazer história neste clube, ser campeão europeu»
Sob a batuta de Rui Neto, o Óquei de Barcelos, campeão europeu em 1991, tem reclamado o seu lugar no palco principal da competição e, depois de ter chegado à Final Four em 2024, está agora na final. A ambição é máxima. E legítima.

A vitória sobre o Noia permite ao Óquei de Barcelos chegar à final da mais importante prova europeia de Hóquei em Patins, 23 anos depois da Final Four disputada no Multiusos de Guimarães.
Tal como o Porto, agora também finalista, o Óquei de Barcelos caíra nas meias-finais na pretérita temporada. Mas, para os barcelenses, ausentes da Final Four há mais de duas décadas, já era um ponto de afirmação. E, depois da presença nessa Final Four no Rosa Mota, o Óquei de Barcelos protagonizou uma campanha extraordinária este ano.
Na pré-eliminatória, deixou o campeão em título, Sporting, pelo caminho, numa das marcas de um arranque de temporada digno de registo. Depois, na mais longa fase de grupos de sempre, não perdeu, somando cinco vitórias e outros tantos empates. Isto num grupo em que o Barcelona não se conseguiu apurar para os quartos-de-final, e em que três equipas chegaram às meias-finais, e onde estavam os agora dois finalistas.
Por tudo isso, e também por uma moldura humana que impressionou pelo seu apoio, a ambição que Rui Neto expôs na conferência de imprensa é totalmente legítima.
Figura nesta caminhada, e também presente na conferência de imprensa pós-jogo, Miguel Rocha frisou que "falta um". Falta uma vitória, para, no seu caso, voltar a erguer o ceptro europeu, sendo que é o único barcelense - por representar o Barcelos e, cada vez mais, não só, apesar de ter nascido e crescido na Parede - que o logrou.
Miguel Rocha, melhor marcador da fase regular do Campeonato Placard com 43 golos, somou mais dois golos ao seu pecúlio na Champions League. Tem agora 17 golos oficiais na prova, e lidera a lista de marcadores, mesmo que, do bis de ontem, num claro lapso da mesa, não lhe tenha sido atribuído o golo de livre directo que inaugurou o marcador, ou que nas contas não entre o decisivo golo no desempate por grandes penalidades nos quartos-de-final.
O mais próximo, é Carlo Di Benedetto, com 14. E é adversário este domingo.
Domingo, 11 de Maio de 2025, 10h58