A talismã cadeira 6
Nas finais, os jogos decidem-se em detalhes. Uns contam mais, outros menos, outros são só coincidência. Hugo Ricardo, presidente barcelense, ficou com o lugar onde já estivera nas meias-finais. O mesmo que Villas-Boas ocupara frente ao Benfica.

Rotinas, superstições, sinais. Parvoíces, dirão alguns. Mas há coincidências. Na Final Four da Champions League, a cadeira 6 da "tribuna" foi talismã para quem a ocupou.
Na primeira meia-final, foi André Villas-Boas, presidente do Porto desde Maio de 2024, que ocupou aquela cadeira. Viveu intensamente a partida, sem conseguir estar quieto, sem manter a compostura do protocolo ao lado de Carmelo Paniagua, chairman da World Skate para o Hóquei em Patins. A emoção de um Clássico, contra o rival maior na modalidade, justificava-o. O Porto venceria no prolongamento.

Seguiu-se a "meia" entre Óquei de Barcelos e Noia. O lugar 6, à direita de Paniagua, foi para Hugo Ricardo, presidente do Óquei Clube de Barcelos desde Junho de 2023. Terá sofrido mais na primeira parte, mas os barcelenses construíram uma vantagem que deu algum conforto para os minutos finais.
Na final deste domingo, Hugo ficou na cadeira 6 e André na 10. "Escolheu o lugar, Hugo?", perguntámos no rescaldo da vitória. "Não, foi indicado pela organização", respondeu com naturalidade, mas recordando que já no dia anterior tinha ficado no mesmo sítio.
Talvez já não haja supersticiosos como antigamente. Mas lá que o vencedor esteve sempre naquela cadeira, esteve...
Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 19h08