Óquei de Barcelos iguala final

O Óquei de Barcelos venceu o Porto na sua 'Catedral' e igualou a final. Os barcelenses foram quase sempre melhores no tempo regulamentar, mas permitiram a igualdade no último minuto. Rocha e Manrubia desequilibraram no prolongamento.

18.Jun.2025 PlacardHP

Está empatada a final do Campeonato Placard. Na sua "Catedral", o Óquei de Barcelos venceu por 3-1, mas apenas após prolongamento.

O jogo começou dividido e, aos quatro minutos, "fervilhava". Primeiro entre Malián e Querido, depois, com direito a azul para ambos, entre Manrubia e Di Benedetto. A exclusão dos dois jogadores serenou os ânimos e o intervalo chegaria com apenas duas faltas para o Óquei de Barcelos e quatro para o Porto, havendo a registar uma bola parada para cada lado.

Aos 11 minutos, Vieirinha viu azul, mas a tentativa de livre direto de Gonçalo Alves esbarrou no ferro da baliza de Conti. E os dragões também não capitalizaram a vantagem numérica no powerplay. Aos 15, Santi Chambella ganhou uma grande penalidade, mas Luís Querido também não conseguiu bater Malián, não sendo atendida a reclamação de que o guardião catalão não estava sobre a linha antes do apito.

Foi uma primeira parte com um Óquei de Barcelos quase sempre mais perigoso, mais mandão, mais pressionante. Principalmente com Chambella, Pedro Silva e Vieirinha, a surpreenderem com uma linha bem alta, mas sem lograrem inaugurar o marcador. O que não tardou após o intervalo...

Ainda não estavam cumpridos três minutos na segunda metade, quando Luís Querido rematou rasteiro, quase da linha divisória, para marcar o primeiro do jogo. Malián não terá visto a bola partir e foi batido entre as pernas.

O Porto procurou reagir e o jogo abriu, com os barcelenses a explorarem transições rápidas. E, com o passar dos minutos, a equipa de Rui Neto voltou a ter ascendente, com os de Ricardo Ares a mostrarem uma inusitada incapacidade para desequilibrar. As oportunidades para os dragões escasseavam - com Conti seguríssimo - e os galos pareciam mesmo mais perto do segundo do que de perder a tangencial vantagem.

No entanto, nos dois derradeiros minutos, o campeão nacional em título puxou dos galões e carregou. E, já em "cinco-para-quatro", Gonçalo Alves rematou forte e colocado para a igualdade que levava a partida para "horas extraordinárias".

No prolongamento, Edu Lamas viu azul com pouco mais de dois minutos decorridos e Miguel Rocha não enjeitou a oportunidade de voltar a colocar o Óquei de Barcelos na frente, num momento importante para resgatar a equipa de algum desânimo pela igualdade consentida tardiamente.

Os barcelenses voltavam a estar melhor e os dragões iam em busca da igualdade. Na tensão da partida, Lamas e Rampulla viram azul com menos de dois minutos para jogar. O banco do Porto perdeu-se em protestos e não teve tranquilidade para fazer (de novo) o "cinco para quatro" da melhor maneira. Vieirinha recuperou e Manrubia rematou para o 3-1, com a baliza deserta. Nos protestos continuados, Ricardo Ares foi expulso e o jogo estava decidido.

Porto e Óquei de Barcelos voltam a defrontar-se no domingo, dia 22, no Dragão Arena, sendo desde já certo que haverá, pelo menos, quarto jogo, a 25, de novo em Barcelos.

Ficha

O Óquei de Barcelos, orientado por Rui Neto, alinhou com Conti Acevedo, Luis Querido (1), Pol Manrubia (1), Danilo Rampulla e Miguel Rocha (1). Jogaram ainda Vieirinha, Pedro Silva e Santi Chambella.

O Porto, orientado por Ricardo Ares, alinhou com Xavi Maliàn, Edu Lamas, Rafa, Gonçalo Alves (1) e Carlo Di Benedetto. Jogaram ainda Hélder Nunes, Ezequiel Mena e Telmo Pinto.

Primeira parte: 0-0.

Segunda parte: 1-0 (Luís Querido), 1-1 (Gonçalo Alves).

Primeira parte do prolongamento: 2-1 (Miguel Rocha, ld).

Segunda parte do prolongamento: 3-1 (Pol Manrubia).

Acção disciplinar: Azul a Pol Manrubia, Carlo Di Benedetto, Miguel Vieira, Edu Lamas (2), Danilo Rampulla. Vermelho a Ricardo Ares.