Óquei de Barcelos vence Taça Continental
O Óquei de Barcelos é o novo vencedor da Taça Continental, depois de vencer o Porto na decisão por 4-3. É a segunda Taça Continental da história dos barcelenses, 34 anos depois da conquista de 1991.

A Taça Continental viajou até Barcelos para ser entregue e por lá fica. O Óquei de Barcelos venceu o Porto por 4-3 e, 34 anos depois, volta a erguer o troféu.
Num jogo em que todos perfilaram perante o público, pela mesma equipa, com t-shirts em sensibilização para a "Saúde mental para todos" (Barcelos foi designada como a primeira Capital Mundial da Saúde Mental para o período de 2023 a 2026), o Porto foi melhor na primeira parte, num domínio que se foi desvanecendo ao longo dos minutos.
O Porto entrou forte e, logo aos dois minutos e meio, ganhou uma grande penalidade - clara - no Sistema de Revisão Vídeo (SRV) por falta sobre Hélder Nunes, que ficou muito queixoso. Valeu azul a Tato Ferruccio, mas, nem no castigo máximo (por Gonçalo Alves), nem na superioridade numérica, os dragões conseguiram bater um Guillem Torrents que seria uma das figuras da partida.
Na pressão azul-e-branca, o SRV chamava os árbitros aos oito minutos para ser mostrado azul a Carlo Di Benedetto, mas um Óquei de Barcelos que tardou a libertar-se da estratégia de Paulo Freitas também não logrou aproveitar.
A espaços, os barcelenses, em rápidas transições iam criando um crescente perigo e já foi um pouco contra a corrente que, a seis minutos do intervalo, o Porto inaugurou o marcador. Uma bela triangulação encontrou um inusitado Edu Lamas na cara de Torrents para o golo.
No entanto, os azuis-e-brancos - vencedores da Continental em 1986 e 2023 - não conservaram a vantagem que tanto trabalho dera a conquistar. Não havendo bons momentos para sofrer, o Porto voltou, como na decisão da Supertaça, a sofrer em momentos-chave.
Logo após o seu golo, Carlitos combinou com Tato e, de trás da baliza, o argentino descobriu o português solto para um remate pronto a igualar. Explodia o Municipal de Barcelos, num apoio que foi constante, muitas vezes até a impedir que o apito dos árbitros se ouvisse.
O Óquei de Barcelos cresceu, apesar de não conseguir assentar o seu jogo na meia pista ofensiva, primando quase sempre por ataques rápidos. E, esses ensaios, deram resultado na última jogada da primeira parte.
Com poucos segundos para jogar, Mena, solto na esquerda, pôs à prova Torrents, o único detentor da WSE Cup em pista, e saiu contra-ataque, culminado, a dois segundos do descanso, com a fórmula do primeiro golo: Tato serviu Carlitos para o 2-1.
Em desvantagem, Paulo Freitas teve 10 minutos para dar a táctica para a etapa complementar, em busca da igualdade, mas a necessidade de marcar agravou-se cedo. Aos dois minutos, Kyllian Gil foi mais rápido a recuperar uma bola perdida na área portista, levantou a bola e rematou para o fundo das redes para o 3-1.
O Porto acusou o golo, mas encontrou a sorte numa infelicidade de Carlitos, que escorregou na sua área e jogou a bola no chão. Desta feita, Gonçalo Alves foi eficaz e reduziu, relançando completamente a discussão da partida, mas a equipa não se reencontrou com a exibição segura de largos minutos da primeira parte.
Empurrado pelos seus adeptos, o Óquei de Barcelos de Rui Neto mostrava segurança a defender, e controlava o jogo, sempre com Guillem Torrents atento entre os postes.
À entrada dos cinco minutos finais, Miguel Rocha - a jogo como o também condicionado Luís Querido - surgiu isolado, mas não conseguiu "matar". Na resposta, do outro lado, Gonçalo fez uma cerimónia que não é nada costume, quando, descaído sobre a direita, parecia ter a baliza à sua mercê.
Entrados no último minuto, esperava o Porto pela oportunidade para trocar Xavi Maliàn por um atacante, quando Rocha soltou Ivan Morales para, com uma excelente execução, este bater o guardião dos dragões. Parecia tudo acabado, mas o Porto não baixou os braços.
A atacar com cinco, Rafa meteu na área e Torrents acabou por introduzir a bola na sua baliza. O 4-3 fez tremer o Municipal, mas, quando "ruiu", foi em celebração no apito final.
Depois da Champions League, o Óquei de Barcelos garante mais um troféu europeu, sucedendo na Taça Continental aos também portugueses Oliveirense (2024), Porto (2023), Valongo (2022) e Sporting (2019 e 2021).
É a segunda conquista barcelense na prova, igualando Noia, Sporting, Porto e Oliveirense, e apenas aquém de Benfica (três conquistas), Igualada (cinco), Liceo (seis) e do recordista Barcelona, com "longíquos" 18 troféus.
Meias-finais
• Óquei de Barcelos 6-3 Tomar • 25.Out
• Igualada 2-5 Porto (2-2, 0-3) • 25.Out
Final
• Óquei de Barcelos 4-3 Porto • 26.Out
Domingo, 26 de Outubro de 2025, 19h55









