A prova dos nove da hegemonia das águias

O Benfica sagrou-se este sábado eneacampeão nacional de Hóquei em Patins ao vencer por 3-2 o Sporting no segundo jogo da final à melhor de três. Desde a criação da equipa em 2012, as águias foram sempre campeãs.

A prova dos nove da hegemonia das águias
Foto de capa: Sport Lisboa e Benfica - Modalidades

É recorrente desde 2013. O Benfica é campeão nacional de seniores femininos.

Foi uma caminhada de 28 jogos, com 26 vitórias e dois empates, e redondos 230 golos marcados e 50 sofridos. Este sábado, o quinto triunfo da temporada sobre o Sporting valeu o nono título de campeão consecutivo. O eneacampeonato.

Uma semana antes, o Benfica dera um passo de gigante ao vencer no João Rocha o primeiro jogo desta final "apenas" à melhor de três.

As águias chegaram a uma vantagem de três golos em 17 minutos, com Marlene Sousa a bisar e a chilena Catalina Flores a marcar entre os golos da internacional portuguesa.

Depois, o Sporting foi atrás do resultado. Rita Lopes reduziu ainda na primeira parte e, aos seis minutos e meio da segunda parte, Ana Catarina Ferreira colocava a diferença num tangencial 2-3... mas não haveria mais golos. Destaque para os três livres directos - de Cata Flores, Maria Sofia Silva e Raquel Santos - parados por Cláudia Vicente, sendo que Rita Batista também não faria melhor perante Maria Celeste Vieira.

Este sábado, na Luz, a equipa de Paulo Almeida podia festejar o título em casa, mas as leoas de Nuno Pinto almejam interromper a aparentemente imparável senda conquistadora do Benfica. Na personificação dessa ambição, Sofia Moncóvio marcou aos seis e aos 19 minutos para uma dupla vantagem. No entanto, um azul mostrado à algarvia permitira a "Cata" Flores reduzir ainda antes do intervalo.

Na segunda parte, novo azul, agora a Inês Vieira (campeã nacional de águia ao peito em sete ocasiões), não foi aproveitado pela chilena, que, no entanto, não se faria rogada na vantagem numérica. O Benfica igualava aos sete minutos.

O jogo ficava mais tenso na sua incerteza. A nove minutos do final, Marlene Sousa desequilibrou o marcador e o Sporting não lograria voltar a bater Maria Celeste Vieira, a única presente nos nove títulos, para evitar o "enea" encarnado.

Estava encontrado o "novo" campeão nacional.

Apesar da presença, horas antes, no jogo do campeonato masculino, do presidente Luís Sénica e do vice-presidente para o Hóquei em Patins Vítor Ferreira, o troféu seria entregue à capitã Marlene Sousa por João Paulo Nunes, vice-presidente das Instalações e Equipamento Desportivo. Uma visível tatuagem de "1906" (ano de fundação do Sporting) nos dedos da mão esquerda daria azo a ecos na imprensa e nas redes sociais.

Hegemonia

A equipa feminina do Benfica foi lançada em 2012, sagrando-se, logo no seu primeiro ano, campeã nacional. Deixou nesse ano "escapar" a Taça de Portugal, mas não mais deixaria um troféu em mãos alheias, num pecúlio que vai em nove campeonatos, sete Taças de Portugal e oito Supertaças.

No cômputo de todas as competições, a hegemonia encarnada a nível nacional já não tem paralelo na história da modalidade. Faltará igualar o "deca" no campeonato do Porto no masculino, conseguido entre 2001 e 2011. Será o desafio maior da próxima temporada. Mas, antes, há mais títulos em jogo.

No próximo fim-de-semana, a 2 e 3 de Julho, há a decisão da Taça de Portugal. O Benfica defronta nas meias-finais o CACO e o Sporting terá pela frente o Vila Boa do Bispo. Imperando a lógica, haverá novo dérbi numa final em que a equipa de Paulo Almeida - treinador desde o início do projecto - procura a oitava "dobradinha".

AMGRoller Compozito

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