Acabou a primeira volta!
Quase seis meses depois do arranque e mais de três meses depois do previsto, terminou a primeira volta da fase regular. O Óquei de Barcelos foi o que mais pontos amealhou na primeira metade do calendário. #PrimeiraDivisão
O jogo entre Porto e Oliveirense desta quarta-feira fechou a primeira volta da primeira fase do Campeonato Nacional da I Divisão, mais de três meses depois da data prevista de 5 de Dezembro. Era para ser uma primeira volta relâmpago e acabou por ser das mais demoradas de sempre.
Quando se delineou um calendário extremamente exigente e sem margem num cenário de incerteza, já seria de esperar que a pandemia ditasse leis (também governamentais). Com inúmeros adiamentos por casos positivos de SARS-CoV-2 e consequente isolamento profiláctico dos planteis, a data de conclusão da primeira volta a 5 de Dezembro, antes da Taça 1947, cedo se tornou uma miragem.
Ainda assim, tardaria a determinação de que os jogos da primeira volta poderiam ser realizados na segunda - levando, por exemplo, o Braga, sem espaço no calendário, a não aceder a adiar o jogo com a Sanjoanense - e só os impedimentos nos "grandes" Benfica e Porto terão levado à alteração regulamentar que viabilizaria o reagendamento das partidas.
Esta quarta-feira, terminou enfim a primeira metade da fase regular. Já com um dos lugares de despromoção decidido e com nove das 14 equipas já com 23 jogos realizados, faltando-lhes apenas três de 26 para encerrarem a sua participação nesta primeira fase. Ou, para quem não vai aos playoffs, no campeonato e na época.
Óquei de Barcelos, "campeão de Inverno"
O Óquei de Barcelos, com 32 pontos de 10 vitórias, dois empates e apenas uma derrota (na recepção ao Sporting), foi o melhor da primeira metade do campeonato, ainda que o melhor ataque fosse do Porto (66 golos marcados) e a melhor defesa do Sporting (26 golos sofridos).
De resto, a sólida defensiva dos leões logrou evitar qualquer derrota. Seriam os únicos a consegui-lo, mas os quatro empates registados impediram-nos de chegar ao topo.
Mais abaixo na classificação, nota para o "empate técnico" entre Juventude de Viana e Tomar. Totalizaram 18 pontos, empataram entre si e marcaram tantos golos como sofreram nos 13 jogos realizados, para um empate que sobrevive aos quatro critérios de desempate do ponto 4 do Artigo 7º ("Qualificação de Clubes, atribuição de pontos e desempate classificativo") do Regulamento Geral de Hóquei em Patins. Caso fosse necessário "desempatar", haveria lugar a jogo em campo neutro.
Ainda mais abaixo (mesmo no fundo), realce para as três equipas que nas contas da primeira volta ficam abaixo da linha de água. Os Tigres, Turquel e Riba d'Ave (ainda) não conseguiram sair da zona de despromoção.
Os oito da Taça 1947
Paralelamente, a classificação final da primeira volta deveria ditar os apurados para a novel Taça 1947, mas imperativos do calendário levaram a que fosse tida em conta a média de pontos conquistados até à prova realizada em Dezembro e que seria ganha pelo Benfica.
Fechadas as contas, teríamos os mesmos oito apurados e os mesmos dois cabeças-de-série, Sporting e Óquei de Barcelos.
No entanto, a haver uma ausência (como aconteceu com o Porto), quem estava posicionado para ocupar a vaga seria o Famalicense e não a Sanjoanense.
O Famalicense contabilizou 15 pontos na primeira volta, apenas menos três que Juventude de Viana e Tomar, e mais cinco que a Sanjoanense.
Classificação da primeira volta
1º Óquei de Barcelos (32 pontos)
2º Sporting (31)
3º Benfica (29)
4º Porto (29)
5º Oliveirense (24)
6º Valongo (21)
7º Juventude de Viana (18)
8º Tomar (18)
9º Famalicense (15)
10º Sanjoanense (10)
11º Braga (9)
12º Riba d'Ave (9)
13º Turquel (8)
14º Os Tigres (7)
Quinta-feira, 18 de Março de 2021, 7h57