Guarda-redes foram protagonistas na Luz
No jogo grande dos oitavos de final da Taça de Portugal, o Benfica afastou a Oliveirense com um golo solitário de João Rodrigues.
A história do jogo entre Benfica e Oliveirense é a história de duas grandes exibições de Guillém Trabal e Diogo Almeida a segurarem o resultado até menos de dois minutos para o final. “O 0-0 que se manteve deveu-se aos dois guarda-redes, com grandes exibições”, defendeu no rescaldo do jogo Hélder Pinho, treinador da Oliveirense. Opinião partilhada por Pedro Nunes.
Pese só ter havido um golo, a partida foi agradável de seguir, com equilíbrio e oportunidades de parte a parte. “Um jogo digno de final four”, analisou o técnico visitante. O nulo sobreviveu a um livre directo de Gonçalo Alves e a diversas situações em que os atacantes tiveram tempo e espaço para fazer melhor. Mas os guardiões não deixaram. E nas bancadas da Luz, o prolongamento já parecia uma certeza apesar de em hóquei poder surgir um golo em qualquer altura. Hélder Pinho citou António Livramento. “É preciso estar sempre desconfiado até ao fim”, afirmou. Já no banco do Benfica, Pedro Nunes revelou pragmatismo. “Em hóquei não se deve pensar que vamos para prolongamento mas a partir do desconto de tempo da Oliveirense alertei os meus jogadores que este jogo era a eliminar e todos os ataques deviam ser criteriosos”, confessou.
#IMAGE35João Rodrigues prepara-se para fugir e apontar o único tento da partida
O golo surgiria pelo stick de João Rodrigues, a aproveitar um remate à tabela de fundo para bater Diogo Almeida. “Dizem que no desporto não há sorte, mas eu acho que há”, disse Hélder Pinho, lamentando o lance sem tirar mérito ao Benfica. Já o técnico encarnado relativizou o factor sorte. “Pode ser sorte marcar no último segundo como no primeiro”, referiu, lembrando outro lance. “Na forma como sai o golo tivemos a felicidade que não tivemos num lance similar na primeira parte, esse intencional”, recordou.
A pouco mais de uma semana da Final Four da Liga Europeia, o Pedro Nunes fez questão de destacar o acerto táctico das águias. “O Benfica fez um belíssimo jogo defensivamente”, afirmou, socorrendo-se da estatística. “O Diogo fez mais defesas, 38, contra 16 do Trabal. Isto é eficácia defensiva”, observou, desvalorizando as situações em que os atacantes da Oliveirense surgiram soltos e obrigaram Guillém Trabal a puxar dos galões. “Momentos de desconcentração ao longo de um jogo de hóquei são normais”, referiu. “Mas também é para isso que o guarda-redes lá está”, concluiu.
Quinta-feira, 24 de Abril de 2014, 10h42