«O carinho que as pessoas têm por mim faz com que tudo tenha valido a pena»

Uma segunda vitória do Porto nos quartos-de-final do play-off ditaram o afastamento do Tomar e um anunciado final de carreira de Caio, uma das referências da modalidade nas duas últimas décadas.

«O carinho que as pessoas têm por mim faz com que tudo tenha valido a pena»

Quando João Duarte e José Martins apitaram para o final do segundo jogo dos quartos-de-final do play-off entre Tomar e Porto, o 2-3 favorável aos dragões que se registava no marcador ditava o afastamento dos tomarenses. E o final de carreira de uma das referências das últimas duas décadas. Foi a já anunciada despedida de Caio.

O momento foi desde logo assinalado pela namorada Bárbara Diniz, que entrou em pista para presentear Caio com um ramo de flores. Congeminou-se que havia ali proposta para uma transferência para a equipa dos casados, mas essa será uma jogada que - como tantas outras jogadas da sua carreira nas pistas - terá de ser o tecnicista Caio a definir.

Apropriadamente, a despedida foi "apadrinhada" pelo Porto, clube que representou mais temporadas (oito) enquanto sénior. E lá estavam os ex-colegas ex-colegas Reinaldo Garcia e Rafa (Telmo Pinto também foi seu colega, mas no Sporting) e muitos velhos conhecidos na equipa técnica do Porto, como o seu ex-treinador (agora "team manager") Franklim Pais, o médico António Sousa, o enfermeiro Daniel Cunha ou o mecânico e roupeiro Francisco Monteiro para saudarem Caio na hora do "adeus" às pistas.

Aquele que, um dia, um outro jogador apelidou como "o homem mais bonito da I Divisão" decidiu "pendurar os patins" aos 40 anos. Na sua derradeira temporada, chegou pela 10ª vez ao momento de decisão da Liga Europeia, a mais importante prova de clubes. Cairia nas meias-finais, no desempate por grandes penalidades, não conseguindo repetir o título conquistado em 2019, pelo Sporting, num ano que - no entanto - viria a ficar tragicamente marcado para Caio (Sporting) e o irmão Poka (Porto) pelo falecimento do pai, por altura da disputa da Taça Continental.

Mas, mais do que os títulos, ficam as amizades e o respeito conquistados, nas pistas e fora delas.

Caio despede-se com uma carreira em que representou Gulpilhares, os actuais "big 5" do Hóquei em Patins português (Porto, Óquei de Barcelos, Benfica, Oliveirense e Sporting), Trissino e Tomar, e com um currículo invejável.

Internacional português em todos os escalões, Caio sagrou-se campeão Europeu de Juvenis em 1998 e de Juniores em 2000, venceria as Taças Latinas de 2002 e 2003 e as Taças das Nações de 2011 e 2013. Cinco vezes campeão nacional pelo Porto e uma pelo Sporting, conquistou quatro Taças de Portugal pelo Porto e uma pelo Benfica, quatro Supertaças António Livramento pelo Porto e uma pelo Benfica, uma Taça CERS pelo Benfica e uma Liga Europeia pelo Sporting.

AMGRoller Compozito

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