A Intercontinental de Valongo e Trissino

Valongo e Trissino disputam este sábado a Taça Intercontinental de 2022, na segunda edição consecutiva da prova só com equipas do Velho Continente. No epílogo de um capítulo dourado da história dos dois emblemas, haverá vencedor inédito.

A Intercontinental de Valongo e Trissino

Este sábado, a partir das 15h, Valongo e Trissino discutem a Taça Intercontinental relativa a 2022. No Municipal de Valongo estarão frente-a-frente os finalistas da Liga Europeia decidida em Maio do ano passado, então com triunfo italiano por 7-5 após desempate por grandes penalidades.

A única prova de clubes a nível mundial vai-se realizando de forma errática e esta é, até ver, mais uma edição sem qualquer eco nas plataformas da organizadora World Skate. No mês de Abril, ganharam força os rumores de que a prova se realizaria em Portugal, para mais tarde ser revelado que a mesma seria disputada apenas pelos finalistas da prova máxima europeia.

Como em 2021, houve revolta na Argentina e entre os defensores do espírito intercontinental da competição e Carmelo Paniagua veio a público com a sua versão dos acontecimentos que levaram a que um evento no país das pampas e a participação de UVT e Lomas de Rivadavia fossem descartados.

Esta será a 20ª edição da prova, tendo em conta as mencionadas pela World Skate no seu site oficial, ainda que uma primeira, em 1983, num formato distinto, não seja sequer considerada pelo vencedor Barcelona nas suas contas de troféus.

Taça Intercontinental realiza-se no Municipal de Valongo e está agendada para as 15h de sábado, 17 de Junho.

São 19 (e serão 20) edições fortemente inclinadas para o Velho Continente, com apenas quatro organizações na América do Sul e apenas um vencedor não europeu, a argentina UVT em 1985. Em 2021, a prova disputou-se entre Sporting e Porto, com vitória dos dragões, a duas mãos. Agora, será disputada em apenas um jogo, tal como já aconteceu em nove outras edições, sempre na casa do representante europeu.

Fecho de época

A Taça Intercontinental, por regulamento (citado ou ignorado pelas instâncias internacionais conforme dá jeito) apontada a Dezembro do ano a que diz respeito, vai fechar a época de Valongo e Trissino.

A equipa portuguesa foi eliminada pelo Óquei de Barcelos em dois jogos nos quartos-de-final do play-off do Campeonato Placard, a 10 e 13 de Maio, e chegará à Taça Intercontinental com mais de um mês sem competição. Será mais um teste à já mais que provada capacidade de motivação de Edo Bosch, agora perante um Trissino dominador em Itália.

Depois de já ter vencido Supertaça e Taça, o Trissino sagrou-se (bi)campeão italiano. Disputaria 11 jogos no play-off transalpino, oito deles depois da presença na Final Eight europeia (em que o Valongo foi finalista), até à derradeira vitória sobre o Forte no passado dia 7 de Junho.

Como na Liga Europeia de 2022, certo é que o vencedor será inédito. O Valongo procura juntar-se na galeria de vencedores aos triunfos portugueses de Óquei de Barcelos (1992), Benfica (2013 e 2017) e Porto (2021), ao passo que Alessandro Bertolucci procura repetir o triunfo de 2007, do Follonica, que era também a única equipa transalpina a conquistar a prova máxima europeia... até o Trissino o ter conseguido em 2022.

Última dança

Com o fim de época, esta Taça Intercontinental marcará também o fim de um capítulo nas duas equipas. Vincadamente no Valongo, mas também no Trissino.

Os valonguenses realizaram duas temporadas extraordinárias às ordens de Edo Bosch, com duas presenças na final da mais importante prova europeia de clubes e a conquista da Taça Continental, precisamente frente ao Trissino, em Setembro último. E, sem argumentos financeiros de outros emblemas, muitos dos protagonistas estão de partida para outros desafios.

O técnico catalão encabeçará o projecto de uma nova Oliveirense, levando consigo Diogo Abreu, Facundo Navarro, Nuno Santos e o guarda-redes Xano Edo. E para o Sporting seguirão Facundo Bridge e Rafael Bessa. Na próxima temporada, às ordens de Renato Garrido, haverá novo talento para potenciar.

Na equipa italiana, não haverá tantas mudanças, mas também serão mudanças importantes. Desde logo, o timoneiro Alessandro Bertolucci assumirá o leme noutra "nau", num Forte investidor, levando na bagagem Joan Galbas e Fran Ipiñazar.

AMGRoller Compozito

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