Missão Intercontinental

A única prova mundial de clubes, mas também a mais errática, está de volta. A Taça Intercontinental disputa-se este fim-de-semana, em San Juan, procurando repetir o sucesso organizativo de 2018. O português Porto tenta um segundo triunfo.

Missão Intercontinental

É a única prova oficial mundial de clubes, mas nem por isso a Taça Intercontinental tem o "carinho" que mereceria, sendo organizada de forma errática, com modelos erráticos, com equipas escolhidas por critérios erráticos.

Entre avanços e recuos, depois de uma edição de 2022 (realizada em Junho de 2023) marcada novamente pela ausência das equipas argentinas, a prova realiza-se pela terceira vez na América do Sul - e em San Juan - em 40 anos de prova. Em 1985, a UVT venceu o troféu em San Juan, no único triunfo sul-americano. Depois, já lá vão 39 anos e 18 edições, só voltou a haver disputa fora do Velho Continente uma vez.

Nas últimas três edições, a decisão foi entre equipas europeias, sendo que, em 2021 e 2023, as equipas sul-americanas não participaram. Antes, em Dezembro de 2018, houve uma Intercontinental condizente e a final entre Barcelona e Porto foi conquistada em meias-finais. Respeitando os regulamentos, os prazos. Uma autêntica excepção na regra de ignorar as regras.

Nessa que foi a melhor edição de sempre, os blaugrana venceram na final os dragões por 5-4 em prolongamento, juntando o troféu aos conquistados em 1998, 2005, 2008 e 2014. Nas meias-finais, o Barcelona vencera o Concepcion por 2-7 e o Porto batera o Leonardo Murialdo por 5-7. Mesmo sem argentinos na final, o Aldo Cantoni encheu.

Cinco anos e pouco depois, repetem a presença Gonçalo Alves e Rafa, e Telmo Pinto, que foi ao Sporting e voltou, e Hélder Nunes, que foi ao Barcelona e voltou. Carles Grau representava o Porto, saiu para o Liceo e agora disputará o troféu pelo Barcelona.

No Barcelona, lutam por novo troféu Sergi Fernandez, Sergi Panadero, Pau Bargalló, Ignacio Alabart e o português João Rodrigues. Matias Pascual, também vencedor em 2018, continua a recuperar da lesão contraída em 2022 no Mundial, neste mesmo Aldo Cantoni.

O Barcelona, convidado após o Valongo, vice-campeão europeu, ter abdicado da participação, defrontará a UVT, ao passo que o Porto, vigente campeão europeu, procurará a passagem à final frente ao Lomas de Rivadavia.

Os dragões procuram um segundo triunfo, depois de terem vencido em 2021, a duas mãos contra o Sporting. A equipa de Ricardo Ares ganhou por 6-3 no Dragão Arena, e a derrota por 5-6 no João Rocha não seria impeditiva de erguer o troféu que fez ecoar escaparates de "campeões do Mundo", ainda que tal epíteto esteja, segundo os regulamentos internacionais, apenas reservado ao vencedor do Campeonato do Mundo de selecções.

Antes, o Óquei de Barcelos, em 1992, e o Benfica, em 2013 e 2017, também tinham garantido o troféu para o Hóquei em Patins português. Actualmente, é o Trissino o detentor, tendo vencido em Valongo na última edição realizada.

Prova feminina

A organização de 2018, teve o condão de promover a primeira - e única até ao momento - edição feminina da prova. Então, venceu o Concepción, que eliminou o Benfica nas meias-finais e derrotou o Gijón na partida decisiva. Agora, o Gijón regressa para tentar o triunfo.

Nas meias-finais, a equipa de Ana Catarina Ferreira, campeã europeia, defronta o Aberastain, vice-campeão sul-americano. Para a final, "correm" igualmente as catalãs do Palau, campeãs europeias em 2022, e as últimas campeãs sul-americanas, do Andes Talleres.

Silvia Coelho entre os árbitros

Para além do Porto (e do blaugrana João Rodrigues e da "asturiana" Ana Catarina Ferreira) viaja também da Península Ibérica a árbitra portuguesa Sílvia Coelho.

A árbitra internacional portuguesa regressa a San Juan depois de ali ter apitado a final do Campeonato do Mundo de Seniores Femininos em 2022, quando a Argentina destronou a tricampeã mundial Espanha.

Silvia Coelho é a única mulher e a única representante portuguesa entre os oito árbitros escolhidos, cujo lote se completa com os argentinos Carlos Gustavo Fernández, Jorge Ramiro Cruzado, Leandro Sebastián Davegno e Paulo Giraudo, o brasileiro Fernando Madureira, o italiano Franco Ferrari e o espanhol Rubén Fernández.

Meias-finais

• F1 • Telecable Gijón vs. Aberastain • 16.Fev, 19h

• M1 • Porto vs. Lomas de Rivadavia • 16.Fev, 21h30

• F2 • Andes Talleres vs. Palau • 17.Fev, 19h

• M2 • UVT vs. Barcelona • 17.Fev, 21h30

Finais

• Final Feminina • Vencedor F1 vs. vs Vencedor F2 • 18.Fev, 18h30

• Final Masculina • Vencedor M1 vs Vencedor M2 • 18.Fev, 21h

Horas locais, mais 3h em Portugal Continental.

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia
'Quartos' com vista para a Final Four

'Quartos' com vista para a Final Four

Oito equipas procuram a duas mãos o apuramento para a Final Four da Taça WSE. Este sábado, o Murches joga em Follonica e o Braga reedita a final de 2023 com o Voltregà na Catalunha.