Argentina conquista Taça das Nações
A Argentina venceu a 69ª Taça das Nações ao bater Portugal na final por 5-2, num triunfo sem discussão. Na festa do centenário da histórica prova, a selecção das quinas, sem Gonçalo Alves, não conseguiu contrariar os campeões do Mundo.
A Argentina conquistou a 69ª edição da Taça das Nações ao vencer Portugal na derradeira partida por 5-2. Sem Gonçalo Alves, só pontualmente a selecção das quinas conseguiu contrariar a intensidade de jogo dos argentinos, que repetem o triunfo de 2017. Os portugueses venceriam depois em 2019, última edição realizada antes desta que, em virtude da pandemia, celebra o centenário com três anos de atraso.
Na reedição da final do Mundial de 2022, alinharam para o apito inicial nada menos que oito jogadores do Campeonato Placard, sendo João Rodrigues (Barcelona, OK Liga) e Reinaldo Garcia (Trissino, Serie A1) as excepções. Os primeiros cânticos de apoio foram argentinos, mas a comunidade portuguesa respondeu, fazendo-se ouvir mais alto.
Era uma Argentina mais intensa, mais ofensiva, como com “setas” apontadas à baliza de Ângelo Girão. Mas seria Portugal a marcar primeiro, aos seis minutos, por Hélder Nunes.
A procurar a igualdade, “Negro” Paez ia lançando peças que incutiam velocidade, como Bridge, mas foi num desvio à boca da baliza, servido por Mena, que o filho mais velho (Matias joga no Sandrigo de Itália e Lucas no português Marinhense) da glória olímpica Alfred faria o 1-1 aos nove minutos. E a albiceleste completava a rotação dos jogadores de pista.
Pouco menos de três minutos volvidos, também Paulo Freitas já lançara em pista todos os jogadores de pista. Os que podia, pelo menos, dado que Gonçalo Alves, queixoso do ombro esquerdo, era baixa importante. O goleador do Porto tem sido o jogador mais decisivo nos últimos compromissos da selecção e a sua ausência foi bem notada.
A meio da primeira parte, num remate enrolado, Danilo Rampulla assinou o 2-1. A Argentina passava para a frente para não mais deixar a liderança do marcador, mesmo perdendo algum “gás”. Os campeões do Mundo eram mais rápidos, tinham mais pulmão.
O diferencial de “fôlego” agravou-se na etapa complementar. Os “pibes” (“miúdos”) Bridge, Mena e Rampulla dão uma velocidade vertiginosa ao jogo argentino e, ainda não estavam cumpridos dois minutos, quando o mais experiente capitão Lucas Ordoñez fez o 3-1.
Na vertigem albiceleste, “Negro” tinha necessariamente de rodar jogadores e os de Paulo Freitas aproveitaram para reduzir. Aos cinco minutos, Hélder Nunes serviu João Rodriguez para um desvio perto de Conti Acevedo para o 3-2.
Portugal já tinha nove faltas e, na diferença tangencial, o jogo ficava dividido, aberto. A Argentina baixava um pouco a intensidade, mas Facundo Navarro, o outro “pibe”, faria o 4-2, pouco mais de dois minutos volvidos sobre o segundo tento luso.
Quase no imediato, caiu a 10ª falta portuguesa. Girão não se deixou surpreender por Ordoñez. Como, três minutos depois, Conti também não foi surpreendido por Hélder Nunes.
Paez repunha Bridge e Rampulla em pista, a dinamitarem e desgastarem o cinco das quinas, que procuraria responder à entrada dos últimos 10 minutos com uma pressão alta de Rafa, Gonçalo Pinto e Souto, e intensidade que ainda não se vira. No entanto, no quinto jogo em cinco dias, não houve energia para dar continuidade.
Entre Lucas, Martínez entrou pela esquerda e serviu Ordoñez ao segundo poste para o 5-2 que – nos três golos de diferença - “matava” o jogo a cerca de seis minutos do final. Com outro pulmão, haveria tempo para tentar a recuperação, mas Portugal foi tímido na procura do golo, com a Argentina a controlar até final. A festa em Montreux, como em 2017, era albiceleste.
Meias-finais
• LF1 • Angola 3-2 Suíça • 30.Mar
• LF2 • Espanha 7-1 Montreux • 30.Mar
• MF1 • Argentina 6-4 França • 30.Mar
• MF2 • Portugal 3-2 Itália (0-0, 0-0 prol., 3-2 pen.)• 30.Mar, 21h30
Finais
• 7º/8º • Suíça 6-3 Montreux • 31.Mar
• 5º/6º • Angola 4-5 Espanha • 31.Mar
• 3º/4º • França 6-5 Itália (4-4, 0-0 prol., 2-1 pen.) • 31.Mar
• Final • Argentina 5-2 Portugal • 31.Mar
Classificação final: 1º Argentina, 2º Portugal, 3º França, 4º Itália, 5º Espanha, 6º Angola, 7º Súiça, 8º Montreux
Domingo, 31 de Março de 2024, 22h24