«Estamos num processo gradual de renovação»
Angola apresentou-se em Montreux com algumas caras novas, havendo sinais de renovação na selecção africana que disputará o Mundial. André Centeno, capitão e incansável, liderou uma selecção que causou problemas aos 'históricos'.
No rescaldo da participação no Campeonato do Mundo de 2022, que se realizou em San Juan, Humberto Mendes ("Big") e André Centeno deixaram o alerta: havia muito para melhorar a nível de preparação e planeamento para se pensar noutros resultados.
Em Montreux, Angola repetiu o 6º lugar desse Mundial, novamente derrotada pela Espanha na derradeira partida. Mas surgiu com outras caras, num primeiro momento de preparação para o objectivo do Campeonato do Mundo.
André Centeno, capitão na Taça das Nações, recordou as palavras de San Juan, e congratulou-se com o surgimento de caras novas, que cumpriram na Suíça, mas cujo trabalho tem de ter continuidade.
Da lista avançada inicialmente, faltaram João Pinto e Big, mas seria chamado Nery. O jogador do Riba d'Ave entrou na prova com um golo frente à Argentina, mas pouco depois sofreu uma ruptura muscular que o deverá afastar do resto da temporada.
Para além dos "velhos conhecidos" Francisco Veludo e André Centeno, ambos em excelente plano, houve muitos minutos para Adilson Diogo ("Py"), da Académica de Luanda, e para os luso-angolanos Rafa Lourenço (Murches) e Afonso Sousa (Benfica "B"), novidades nos escolhidos. Fábio Faria, do Oliveira do Hospital, e Argentino Agostinho ("Tino") da Académica de Luanda também tiveram oportunidade de mostrar valor ao seleccionador Alberto Domingos, "Jô".
Angola perdeu 7-3 com Argentina e 5-3 com Itália, vencendo Montreux por 5-2 no fecho da fase de grupos. Depois de vencer tangencialmente a Suíça, não conseguiu segurar até final a vantagem que ia surpreendendo a Espanha, perdendo por 4-5.
Angola afirmou-se, numa base que se vem mantendo, desde o advento dos World Skate (antes Roller) Games em 2017.
Antes Moçambique foi a melhor das selecções africanas. Com o histórico 4º lugar de 2011, em San Juan, seguindo-se o 7º lugar em 2013 (em Angola, no único Mundial realizado em África) e em 2015, não indo Angola além do 9º lugar nas duas edições.
Na China, nos tais "Jogos" de 2017, a selecção angolana logrou a sua melhor classificação de sempre, um 5º lugar que disputou também em 2019 e em 2022, perdendo no entanto na derradeira partida com os históricos europeus Itália a Espanha.
Campeã africana em Agosto último, Angola garantiu a vaga daquela confederação no "palco" principal do Campeonato do Mundo que se realiza em Itália em Setembro próximo, a par dos europeus Espanha, Portugal, Itália e França e dos pan-americanos Argentina, Chile e Estados Unidos.
Terça-feira, 9 de Abril de 2024, 22h58