Benfica iguala final com hat-trick de Nicolia
Com mais uma exibição superior, desta vez catapultada por um hat-trick de Carlos Nicolia e capitalizada em mais golos, o Benfica venceu na Luz o segundo jogo da final e igualou a contenda. Haverá, pelo menos, quarto jogo.
O Benfica venceu o segundo jogo da final por 5-2, igualando o Porto em vitórias na corrida ao título. Um quarto jogo está, desde já garantido nesta série à melhor de cinco.
Como no primeiro jogo, no Dragão Arena, o Benfica foi melhor em termos exibicionais. Mas, desta vez, perante o seu público, no que realmente conta, também marcou mais golos que o rival.
O jogo começou dividido e o Porto até marcou primeiro. Aos três minutos e meio, com as águias a reclamarem falta de Gonçalo Alves sobre Nil Roca, o internacional português roubou a bola atrás da baliza de Pedro Henriques (de regresso, depois de Bernardo Mendes ter fechado a meia-final e aberto a final), sobrando para Carlo Di Benedetto que, com aquele braço que nunca mais acaba, puxou da tabela de fundo para desfeitear o guarda-redes das águias ao primeiro poste.
O Benfica acusou o tento, mas Nuno Resende não abdicou do seu cinco, até que este reequilibrasse o jogo e, aos 10 minutos, Carlos Nicolia, aproveitando uma segunda bola na área azul-e-branca, igualava. O Pavilhão Fidelidade respondia e haveria de carregar as águias para a vitória na regra de vitórias caseiras que vai havendo entre Benfica e Porto.
O jogo desequilibrava para os de Nuno Resende. Com o tónico anímico da igualdade, mas também com uma clara superioridade na segunda rotação. Aos 15 minutos, Gonçalo Pinto, impedido de rematar, ganhava grande penalidade. Valter Neves correu para trazer Nicolia dos balneários e o argentino do Benfica seria eficaz, virando o marcador.
Nicolia voltava a ser decisivo como fora no terceiro jogo das meias-finais, frente à Oliveirense. Então, assinara um hat-trick. E, agora, novo hat-trick assinaria.
Antes, o Porto equilibrou, cresceu em busca da igualdade. Como no Dragão Arena, facilitou nas costas, nos lançamentos dos encarnados em profundidade, mas, como no Dragão Arena, faltou eficácia ao ataque do Benfica.
Para a segunda parte, o Benfica entrou melhor e compensaria a falta de eficácia de bola corrida com eficácia de bola parada. Aos sete minutos e meio, Xavi Malián atingiu Zé Miranda e, reconhecendo prontamente a falta, veria azul. Chamado a jogo, Leonardo Pais não conseguiu evitar novo golo de Nicolía, o terceiro no jogo, a despoletar uma festa imensa nas bancadas que durou até ao apito final.
Mesmo com mais uma exibição aquém do que já conseguiu esta época, o Porto até reduziu, com Hélder Nunes a aproveitar um passe para ninguém de Diogo Rafael e a lançar Telmo Pinto para o 3-2. Mas, uma falha defensiva pouco depois, permitia a Gonçalo Pinto ser colocado sozinho perante Malián por Pol Marubia e o atacante português não desperdiçou tamanha oportunidade.
O 4-2 faria sentir-se de sobremaneira sobre a equipa de Ricardo Ares, claramente já a pensar em novo duelo no domingo e num já certo quarto jogo entre os dois rivais. Na irreverência da sua juventude, Manrubia, Pinto e Zé Miranda, eram empurrados pelo "factor casa", minando em raides sucessivos a moral adversária. A seis minutos do final, em contra-ataque, o catalão deixou para o Zé e o "benjamim" das águias colocou sobre Malián para o 5-2 que, cedo, porque ainda há muito para jogar noutras datas, acabou definitivamente com a discussão do resultado.
A final prossegue este domingo, no Dragão Arena, com o terceiro jogo. Desta feita, quem vencer fica a uma vitória do título. Do seu 25º título.
Final à melhor de cinco
• Porto 5-3 Benfica (2-2, 3-1 prol.) • 16.Jun
• Benfica 5-2 Porto • 19.Jun
• Porto vs. Benfica • 23.Jun, 15h
• Benfica vs. Porto • 26.Jun, 20h
• Porto vs. Benfica • 30.Jun, 15h¹
¹ se necessário
Quinta-feira, 20 de Junho de 2024, 6h06