Alabart chega-se à frente

Ignacio Alabart assumiu, no playoff, a liderança em pista do Barcelona. Na caminhada a eliminar para o 35º título de campeão dos blaugrana, 'Nacho' marcou em todos os jogos e fechou com um hat-trick na sua Corunha natal. Termina contrato em 2026.

Alabart chega-se à frente

Com o final de carreira de Sergi Panadero e a partida de João Rodrigues e, principal Pau Bargalló, o Barcelona perdeu referências importantes.

Xavi Barroso é pendular, sempre um garante de qualidade, e foi determinante na partida de consagração na Corunha com os dois primeiros golos dos blaugrana. Sergi Llorca e Sergi Aragonès são trabalhadores e lutadores incansável. Marc Grau marca golos importantes. Pablo Álvarez foi o melhor marcador na fase regular. Eloi Cervera vai cumprindo passos para alcançar o seu potencial. Ferran Font pode ser genial, mas o seu brilho é demasiado intermitente. Matías Pascual está de saída.

Ao nível dos principais jogadores do Mundo que os blaugrana se habituaram a ter para desequilibrar jogos - e excluindo desta equação os sempre fulcrais guarda-redes -, "sobrou" Ignacio Alabart. E o galego, que termina contrato em 2026, assumiu a sua responsabilidade.

Nascido na Corunha há 29 anos, Alabart começou a patinar no Compañia de María. Com apenas 12 anos, entrava em La Masia, casa dos jovens talentos do eclético Barcelona. Ainda júnior, estreou-se pelos blaugrana na OK Liga e na Liga Europeia.

Em 2015, foi cedido ao Voltregà. Foi ganhar "calo", traquejo, mostrar o que talento que era inquestionável para todos, com uma patinagem de uma beleza ímpar e desconcertante. Regressou ao Barcelona em 2017, já coroado campeão do Mundo em Nanjing.

Com um apelido "pesado", ia atrás do palmarés do pai, "Kiko", natural de Reus e que brilhou principalmente pelo Liceo na década de 80, com a conquista de duas Taças dos Campeões Europeus. E que, pela Espanha, foi campeão da Europa quatro vezes e campeão do Mundo uma.

"Nacho" soma, para já, "apenas" uma Liga Europeia pelo Barcelona e "somente" quatro títulos pela selecção, juntando o título de campeão do Mundo de 2024 ao de 2017, e tendo sido campeão da Europa em 2018 e 2021. Não esteve no Europeu de 2023, mas será indiscutível nas escolhas de Pere Varias para o próximo, em Paredes.

A Espanha não contará com o capitão Pau Bargalló, e, para líder de 'La Roja' em busca do tetra continental, perfila-se Ignacio Alabart. Reclama-o com esta temporada e, principalmente, este playoff.

Alabart falhou o mês de Março e Abril na OK Liga, só tendo realizado 13 jogos dos 26 da fase regular da prova. Mas nessas 13 partidas, marcou em 11, um total de 13 golos, e o Barcelona já estava confortável no 1º lugar.

Entretanto, na decepcionante participação na Champions League, Alabart fora o melhor marcador, com sete golos em nove jogos, insuficientes para evitar um inédito afastamento. Descansou e voltou mais forte.

Depois de mais de dois meses sem jogar, regressou para o playoff. Marcou um golo no "suado" triunfo (nas grandes penalidades) no primeiro jogo dos quartos-de-final frente ao Alcoi. No segundo, assinou um póquer na comunidade valenciana para carimbar a passagem às meias-finais.

Frente ao Calafell, marcou um golo em cada uma das três partidas disputadas. O Barcelona chegava cedo à final, para mais um duelo com o Liceo, arqui-rival por quem o pai Alabart se eternizara.

Os blaugrana sagraram-se campeões em apenas três partidas, com outras tantas vitórias. Ignacio bisou no primeiro jogo. Marcou um no segundo. Fez um hat-trick, adornado com muita classe, no terceiro. Foi um percurso perfeito do Barcelona, com oito vitórias em oito jogos. E, nesses oito jogos, Alabart marcou em todos, somando 14 golos.

"Nacho" renovou em 2023 - quando havia forte interesse do Sporting - até 2026. Até ao final da próxima época. E, inevitavelmente, os "tubarões" portugueses estão atentos. Conseguirão convencer Alabart? Fará o Barcelona um esforço para o manter como "referente" de uma equipa que vai perdendo identidade?

AMGRoller Compozito

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