França vence, e Portugal já não escapa ao último lugar

A França venceu Portugal e, com duas derrotas em dois jogos, o destino luso está traçado. Será último no Grupo A e, se não houver surpresas nos quartos-de-final, defronta a Espanha nas 'meias'.

2.Set.2025 Euro

Ao segundo dia de Europeu, podem já ter ficado definidas as meias-finais. Isto confiando que não há surpresas nos quartos-de-final. A Espanha vencera a Itália e já sabia que entraria no derradeiro dia na frente. E, com a derrota de Portugal, "La Roja" já sabe que termina esta fase de grupos em 1º do Grupo A.

A França venceu Portugal por 1-3, entregando a vitória no grupo à Espanha. Mas é um presente com veneno. O triunfo gaulês sela também o 4º lugar para Portugal, o que quer dizer que, sem surpresas, há duelo ibérico nas meias-finais.

O duelo luso-francês teve uma primeira parte intensa. Derrotadas no primeiro jogo, as equipas entraram a querer "mostrar serviço", muitas vezes para além do permitido. Ou admissível, porque permitir, os árbitros italianos Filippo Fronte e Marco Rondina até permitiram demais. Houvesse Sistema de Revisão Vídeo e ambas as equipas seriam mais penalizadas.

Logo aos quatro minutos, houve confusão generalizada, que terminou com "apenas" azuis a Rafa Bessa e Carlo Di Benedetto. Era um início de jogo mal jogado, com muitas falhas. Mas essas falhas até redundavam em oportunidades com Xano Edo, desde cedo a ter mais trabalho.

Aos nove minutos, Paulo Freitas pediu desconto de tempo, e Portugal assentou o seu jogo, com mais tempo de posse de bola, mais controlo. Quatro minutos volvidos, era a vez de Nuno Lopes parar o jogo. E, um minuto volvido, numa jogada de envolvimento, Marc Rouzé rematou da zona frontal para o tento inaugural da partida.

Portugal procurou reagir, num jogo que continuava duro, confuso, com muitas quedas e sem que os árbitros interviessem. Precipitado, Portugal perdia inúmeras bolas e, em desequilíbrio defensivo, iam valendo Xano Edo.

A minuto e meio, ainda se festejou golo português, mas não foi validado por infracção de Hélder Nunes. No seguimento do lance, houve mais confusão. Rafa Bessa - que joga este Europeu em casa - envolveu-se com Roberto Di Benedetto e houve nova confusão generalizada. "Apenas" azul aos dois que tinham começado.

Novamente numa espécie de três-para-três, o "azar" bateu à porta de Remi Herman. O defensor do Tomar perdeu a bola na divisória para Rafa, e o atacante do Porto arrancou para o golo. Como na véspera, Rafa foi o português que mais conseguiu desequilibrar e que mais perto esteve do golo. Já a França, voltava a ser penalizada na sua inferioridade, mesmo com Portugal a jogar também com menos um.

Houve tensão na saída das equipas para os balneários e Paulo Freitas foi expondo os seus argumentos a Marco Rondina do banco ao outro lado, à saída de pista. Pelo menos. Não sabemos que palavras terá proferido o técnico português, ou se o árbitro italiano as terá compreendido, mas a segunda parte acabaria por ser mais tranquila.

A etapa complementar começou ainda com as duas equipas em inferioridade, mas com Portugal a tomar conta do jogo.

Com as rotinas do Porto de Rafa, Hélder e Gonçalo, e de Alvarinho que também as conhecerá, a selecção das quinas trocava bem a bola. Depois entrou Zé Miranda, e também ganhava alguma acutilância. Mas sem efeitos práticos. Isto apesar da França parecer quebrada fisicamente.

As oportunidades para Portugal sucediam-se e Nuno Lopes parou o jogo aos 11 minutos. Como na primeira parte, deu golo. Um minuto volvido, Roberto Di Benedetto, de muito longe, fazia o 1-2, com Xano Edo a queixar-se de não ver a bola partir.

Paulo Freitas não tardaria a pedir um minuto para passar mensagem, e, pouco depois, Portugal dispunha do livre directo da 10ª falta. Mas, depois de Gonçalo Alves e Alvarinho na véspera, Miguel Rocha também não conseguiu converter. E Portugal foi esmorecendo.

A seis minutos do fim, "caía" a nona falta portuguesa e já a França tinha recuperado folego e o controlo do jogo. As oportunidades para os gauleses começaram a suceder-se e o Pavilhão Rota dos Móveis emudeceu.

Por duas vezes, Remi Herman quase "vingava" aquele erro no final da primeira parte, mas não foi eficaz. E, a dois minutos do fim, Roberto combinava com o irmão Carlo, e este faria o 1-3 final.

No fecho da fase de grupos, França e Itália disputam o 2º lugar do Grupo A, já sabendo quem podem ter pela frente do Grupo B. No cair do pano, há um Clássico maior entre Portugal e Espanha. A servir para absolutamente nada...