Espanha ficou com o 'milho' todo

A Espanha confirmou o triunfo no Grupo A com a terceira vitória em outros tantos jogos. No fecho da primeira fase, 'La Roja' venceu Portugal, que, com mais uma exibição cinzenta, termina esta fase só com derrotas. Mas o Europeu 'à séria' só esta quinta-feira começará...

3.Set.2025 Euro

Diz-se que o primeiro milho é para os pardais. Mas a Espanha, campeã do Mundo e tricampeã da Europa, dificilmente será apenas um pardal. E quis ficar com o milho todo nesta primeira fase.

No terceiro jogo, a terceira vitória de "La Roja" de Pere Varias, desta feita sobre o anfitrião Portugal, por 3-1. E a selecção das quinas somou a terceira derrota em outros tantos jogos.

Os quartos-de-final já estavam definidos e o Clássico maior do Hóquei em Patins mundial nada mudaria na classificação. Mas, para Portugal, depois de duas derrotas havia algo em jogo. E, talvez por isso, um "pouco importa, pouco importa, se jogamos bem ou mal" tenha antecedido a entrada das equipas, e um "é preciso perder, para depois se ganhar" tenha tocado após o apito final em mais uma derrota lusa.

Com Guga Bento na baliza, em estreia num jogo oficial da selecção absoluta, Portugal entrou bem, sob a batuta de Rafa, mas sem se conseguir impor e, aos poucos, a Espanha foi ganhando um ascendente que era já claro quando Paulo Freitas pediu desconto de tempo aos 15 minutos.

Portugal tinha muitas dificuldades em chegar à meia pista atacante, com a Espanha a ganhar muitas vezes a segunda - e terceira, e quarta... - bola. Ainda que os espanhóis não fossem consequentes.

Ironicamente, foi quando a selecção das quinas logrou chegar várias vezes consecutivas à baliza à guarda de Candid Ballart, à entrada dos cinco minutos finais da primeira parte, que a Espanha marcou. Martí Casas foi rápido a reagir na área portuguesa e fez o 1-0 com que se chegaria ao intervalo.

Na segunda parte, a Espanha entrou mandona, a trocar bem a bola, e, num remate cruzado da direita, Casas ampliou para 2-0 aos seis minutos. Os de Pere Varias, agora já com Blai Roca na baliza, controlavam a partida, mas chegaram à nona falta dois minutos após o segundo golo.

Mais um minuto volvido, e Miguel Rocha ganhava uma grande penalidade, que Gonçalo Alves transformou em golo. Foi o primeiro tento do goleador na prova e a primeira bola parada transformada pelos portugueses, depois de três livres directos desperdiçados nas partidas anteriores.

A Espanha reagiu pela positiva. Em vez de tentar defender a vantagem tangencial, impôs mais velocidade e mais intensidade. Também permitia mais remates - sem eficácia - a Portugal, mas o "prémio" seria mesmo espanhol, quando, aos 15 minutos, Nil Roca teve espaço e fez um remate sobre a esquerda para o 3-1, contando com o precioso contributo de César Carballeira a atrapalhar Guga.

Paulo Freitas pediu de imediato nova paragem, mas não conseguiria alterar o rumo dos acontecimentos. Sem fio de jogo, Portugal insistia em remates com pouco critério e invariavelmente parados por Blai. A inconsequência gerava frustração, não contida por Rafa Bessa, um dos mais inconformados.

A três minutos do final, caiu a aguardada 10ª falta. Mas, desta feita, Blai Roca ganhou o duelo com Gonçalo Alves. E a Espanha ganharia o duelo com Portugal.

Esta quinta-feira, "começa" o Europeu a sério, já a eliminar. Nos quartos-de-final, a Espanha defronta a Áustria, e Portugal terá pela frente Andorra, sendo que a teoria aponta a que espanhóis e portugueses se apuram. Para uma meia-final em que se voltam a defrontar.