Uma dinastia lusa de 29 anos à frente do Hóquei europeu
As federações ditas "pequenas" voltaram a fazer ouvir-se, em busca de outro protagonismo no Hóquei em Patins europeu, reclamando sobre o monopólio decisor das nações históricas. No 'Comité', a liderança é portuguesa há 29 anos. #Institucional
A maioria das federações europeias em que se pratica Hóquei em Patins - Andorra, Áustria, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Israel, Países Baixos e Suíça - pediram esta semana ao presidente da World Skate Europe, o português Fernando Claro, que considerasse a criação de um Conselho de Administração, com todas as nações com direito a voto, que gerisse as decisões e actividade da Comissão Técnica (WSE-RH), também conhecido como "Comité Europeu".
Neste "Comité", apenas três membros têm direito a voto e, por largos anos, são exclusivo a um responsável português, um espanhol e um italiano. E tal não mudou na última nomeação, em 2020, fazendo-se ouvir algumas "vozes" de descontentamento, como a helvética, que apresentaria mesmo algumas propostas de mudança.
A presidência ficou nas mãos do português Agostinho Peixoto da Silva, sucedendo a outros quatro (!) portugueses.
O então CERH foi fundado em 1976, com o holandês Joop Brujin como presidente. Em 1988, sucedeu-lhe o francês Jorl Retureau, para "apenas" (comparado com os 12 de Brujin) quatro anos de mandato. No Olímpico ano de 1992, começaria a dinastia portuguesa.
O ex-árbitro Carlos Bica liderou os destinos do Hóquei em Patins europeu entre 1992 e 1996. Sucedeu-lhe outro Carlos, Sena (1996 a 2004), e a este ainda outro Carlos, Graça (2004 a 2012). A Graça sucedeu Graça, mas Fernando, na presidência desde 2012 e até ao dia 1 de Abril de 2020, quando apresentou a sua demissão.
Tal como anteriormente Fernando Graça, Agostinho Peixoto da Silva é vice-presidente da Federação de Patinagem de Portugal.
Quinta-feira, 4 de Março de 2021, 8h40