Saber sofrer antes da 13ª final italo-espanhola
Depois de duas meias-finais 'suadas', os técnicos Sérgio Silva do Follonica e Ferran López do Calafell reconheceram dificuldades e perspectivam uma boa final. A ambição é de vitória.
Follonica e Calafell vão protagonizar a 13ª final em 41 edições entre uma equipa italiana e uma espanhola.
Nas 12 decisões anteriores, houve sete vitórias espanholas e cinco italianas, sendo que os espanhóis levaram de vencida os últimos cinco duelos na decisão, incluindo os dois entre Lleida e Sarzana que ditaram o campeão em 2019 e 2021, e todos os quatro duelos a jogo único, em formato Final Four.
Ferran López regressa a uma final oito anos depois de ter vencido, em 2014, a então Taça CERS pelo Noia, numa final com o Breganze. Na análise à partida das meias-finais, o técnico catalão apontou um jogo pouco conseguido de um Calafell estreante nestas andanças de discussão de troféus e que mostrou muito coração. Um coração à imagem do seu técnico e dos seus apaixonados adeptos, tão raros no Hóquei em Patins espanhol.
O atacante Martí Casas, que no mercado de Inverno viveu uma inusitada dispensa do Forte, é agora figura deste Calafell, com o passado esquecido. Esta final não tem qualquer forma de "vingança" oculta, e o jogador está apenas focado no triunfo.
Sérgio Silva só chegou ao Follonica após a conquista da Taça CERS pelos italianos em 2005 e, quando ainda desconhecia o adversário da final, já antevia uma decisão complicada, muito pela diferença de ritmo que os campeonatos espanhol e italiano proporcionam.
O treinador português, na sua segunda temporada no comando técnico das "águias azuis", promete rigor táctico, mas também não deixar de ser fiel ao modelo de jogo com que a equipa tem logrado boas prestações. Têm apenas escapado os títulos, pelo menos até este domingo...
A final, no Multiusos de Paredes, disputa-se às 13h deste domingo, naquele que será também um prémio para as duas falanges de apoio mais entusiastas das meias-finais.
Domingo, 24 de Abril de 2022, 9h01
