Portugal esbarra num 'muro' e a final é a mesma desde 2017
Espanha e Argentina vão disputar a terceira final de Mundial consecutiva, depois de afastarem Itália e Portugal. As portuguesas criaram muitas oportunidades, em particular na primeira parte, mas esbarraram numa inspirada Anabella Flores.
Será o terceiro Campeonato do Mundo Feminino com final entre Espanha e Argentina. Campeã e vice-campeã do Mundo venceram os seus jogos das meias-finais - jogadas no Aldo Cantoni - por igual resultado: 5-1.
Na primeira meia-final, a Espanha venceu Itália, relegada - tal como em 2019 - para a disputa do bronze, então perdido para o Chile.
Marta Piquero adiantou a formação orientada por Ricard Muñoz que procura o "tetra" mundial, mas a Itália igualaria por Pamela Lapolla, para um 1-1 que subsistiria até ao intervalo. A selecção de Massimo Giudice defendia fechada, mas acabaria por ceder aos "raides" espanhóis. Aina Florenza fez o 2-1 aos oito minutos e, com o 3-1 aos 10, por Berta Busquets, o apuramento para a final estava na mão. Aina Florenza e Mariona Colomer encerrariam as contas do jogo.
Depois foi a vez da Argentina carimbar a sua presença na final. Julieta Fernandez marcou com apenas minuto e meio jogado, mas as portuguesas, que não chegavam a uma meia-final há seis anos, não acusaram a desvantagem madrugadora.
A Espanha é actual tricampeã mundial. A Argentina - de Adriana Gutiérrez (ex-Sporting) e Flor Felamini (ex-Benfica) - procura recuperar um título que lhe escapa desde 2014.
Atacaram e criaram muitas oportunidades, mais do que a albiceleste (como suspeitaria Hélder Antunes e confirmaria Dario Giuliani), mas deparou-se com um "muro" sólido. Anabella Flores negou vários golos "feitos" à selecção das quinas e, de forma ingrata, só Cláudia Vicente iria buscar a bola ao fundo das suas redes, com duas grandes penalidades executadas com eficácia por Valentina Fernandez e Flor Felamini.
Na etapa complementar, a Argentina entrava em modo de gestão e a selecção portuguesa, a acusar algum cansaço, parecia conformada. Mas, aos sete minutos, Rita Batista saiu em contra-ataque e desfeiteou (enfim) Flores. As portuguesas reagiram ao golo com renovada ambição, mas a capitã albiceleste, a histórica Luchi Agudo, repunha a vantagem de três golos.
Portugal e Itália disputarão o bronze. As italianas estiveram na luta pelo 3º lugar em 2019, mas perderam para o Chile, então orientado por José Querido.
Ainda assim, aproveitando o baixar de intensidade contrário, Portugal ia procurando novo golo. Seria, no entanto, traído por dois azuis a nove minutos do apito final. Rita Batista viu o cartão por falta e, quando Maria Celeste entrava para render Cláudia Vicente na tentativa de defesa da bola parada, veria também azul. A guarda-redes suplente entrou antes da saída da sua colega e foi punida, numa nova regra que já tem causado dissabores a várias equipas.
Julieta Fernandez transformou o livre directo em golo para um dilatado 5-1 e, tendo de cumprir o segundo azul, Portugal continuava em inferioridade numérica. Foi o golpe fatal nas aspirações lusas.
Portugal procurará este sábado, a partir das 21h de Portugal continental, conquistar uma medalha que escapa desde o Mundial de Iquique, em 2016. Então, a selecção das quinas conquistou a prata, a quarta na história dos Mundiais. O bronze foi conquistado uma vez, no já distante ano de 1996.
Quartos-de-final
• QF1 • Colômbia 0-9 Espanha • 10.Nov
• QF2 • Itália 2-1 Chile • 10.Nov
• QF3 • Argentina 10-1 França • 10.Nov
• QF4 • Alemanha 0-5 Portugal • 10.Nov
Meias-finais
• MF1 • Espanha 5-1 Itália • 11.Nov
• MF2 • Argentina 5-1 Portugal • 11.Nov
Final
• Espanha vs. Argentina • 12.Nov • 19h30
Sexta-feira, 11 de Novembro de 2022, 21h47