Seis tricampeões de leão ao peito
Quando o Sporting conquistou a Taça dos Campeões Europeus em 1977, nenhum dos actuais jogadores era nascido. Agora, há seis nomes comuns a três títulos europeus máximos em apenas seis temporadas, três bicampeões e dois 'vices' coroados.
O Sporting, conquistou este domingo, o quarto troféu máximo europeu da sua história. Destaca-se pela quantidade das demais equipas portuguesas, mas destaca-se também por ter agora somado o terceiro em apenas seis temporadas, num "domínio" que só Reus, Barcelona, Liceo e Igualada tinham conseguido. Talvez ainda mais merecedor de sublinhado, consegue três títulos depois de ter regressado à categoria máxima há apenas 12 anos.
Em 1977, aquando da conquista da Taça dos Campeões Europeus, nenhum dos actuais jogadores do plantel leonino era nascido. Entre os jogadores agora coroados no Pavilhão Rosa Mota, apenas um jogava de leão ao peito quando regressaram à I Divisão, mas já lá estavam sete no título europeu de 2019. Entretanto, Henrique Magalhães cumpriu duas temporadas na Oliveirense, "falhando" a conquista de 2021, onde já estariam Alessandro Verona e João Souto, agora bicampeões.
De resto, apenas Rafa Bessa e Facundo Bridge, que chegaram neste defeso, e Lourenço Soares não tinham erguido o troféu pelos leões. Rafa e Bridge tinham sido vice-campeões pelo Valongo em 2022 e em 2023, e à terceira foi de vez para a consagração no principal palco competitivo do Hóquei em Patins. Lourenço, guarda-redes de 17 anos, conquista o seu primeiro título, mas "apenas" esteve no banco na vitória por 4-1 sobre o Barcelona, da primeira mão dos quartos-de-final.
Tricampeões
Há seis jogadores comuns aos títulos de 2019, 2021 e 2024. O decano entre eles é o guarda-redes Zé Diogo, que chegou ao Sporting em 2004, vindo do Alenquer, com apenas 11 anos. Vai completar 20 anos de leão ao peito, quase sempre relegado para figura secundária na baliza da principal equipa leonina, mas a cumprir quando é chamado.
O "outro" guarda-redes, Ângelo Girão, chegou do Valongo em 2014 como campeão nacional, e já tem o seu lugar assegurado como um dos melhores da história dos leões. Acreditou num projecto que ainda não estava afirmado e foi basilar na construção de um grupo campeão.
Em 2016, Ferran Font chegava do Vic, como um jovem talento pago a peso de ouro, num defeso de reforçado investimento. Deixará o Sporting no final da temporada como o estrangeiro com mais jogos e mais títulos de leão ao peito.
No defeso seguinte, eram garantidos Matías Platero e Toni Pérez, já com títulos europeus no currículo. O argentino acabara de ser novamente campeão europeu pelo Reus (já fora em 2009) e o asturiano tinha erguido o troféu pelo Liceo em 2012.
O agora tricampeão que mais tarde chegou foi Gonzalo Romero. Sendo o único que poderá ombrear com Girão em termos de preponderância nas conquistas leoninas, "Nolito" foi pescado nos italianos do Forte em 2018. Logo na primeira época de leão ao peito, foi campeão europeu.
Esta época, mesmo sendo muito mais influente para lá da "mera" marcação de golos, Nolito apontou 11 tentos em 10 jogos. Quando não marcou, o Sporting empatou (em Calafell) ou perdeu (na Luz e no Palau Blaugrana).
Os golos de Romero foram quase um terço dos 36 golos apontados pelo Sporting, secundado por João Souto (seis golos), e contando-se ainda na caminhada para o troféu tentos de Alessandro Verona e Rafa Bessa (quatro cada), Platero e Font (três), Facundo Bridge e Henrique Magalhães (dois) e Toni Pérez (um). Todos marcaram.
Segunda-feira, 13 de Maio de 2024, 21h57